O Programa Mais Luz para a Amazônia deve ser responsável por levar o acesso à energia elétrica para cerca de 350 mil pessoas localizadas na região da Amazônia Legal, por meio de acordo de cooperação técnica assinado entre o MME (Ministério de Minas e Energia) e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
A assinatura do pacto entre as instituições tem como objetivo captar recursos financeiros para a execução do projeto, que está orçado em R$ 3 milhões.
De acordo com o ministro Bento Albuquerque, a implementação de energia elétrica pode dar espaço para outros projetos. “É possível ainda que, posteriormente, outras políticas públicas contemplem as comunidades beneficiadas com o Mais Luz, tendo em vista a premissa básica da necessidade de energia elétrica e levando em consideração o desenvolvimento social, econômico e a necessidade de preservação ambiental”, afirmou Albuquerque.
Além disso, a parceria entre as instituições pretende qualificar o Programa Mais Luz para a Amazônia como beneficiário dos recursos do GCF (Green Climate Fund), ou mesmo de outras fontes de financiamento internacionais.
Segundo Rodrigo Santana, diretor do Departamento de Políticas Sociais e Universalização do Acesso à Energia Elétrica do MME, a iniciativa já conta com R$ 1,1 bilhão aprovado para 2021 pela CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), que deve custear 90% do Programa.
Santana ainda afirma que os termos de execução do projeto já estão em processo de finalização e as obras devem ser iniciadas em novembro.
Gustavo Montezano, presidente do BNDES, enfatizou a importância de outros agentes também investirem na região. “Vamos atuar com senso de propósito e colaboração, pensando no bem do povo e do Brasil. É uma agenda que tomou uma relevância muito forte no Banco e que irá nos pautar nos próximos anos”, concluiu.
Energia solar na Amazônia
Ainda no começo deste mês, o MME e a Equatorial Pará assinaram um compromisso, para levar, por meio do Programa Mais Luz para Amazônia, sistemas de geração que utilizam energia renovável, especialmente, a solar fotovoltaica.
O acordo prevê a preservação da Floresta Amazônica, tendo em vista que a energia solar é uma fonte sustentável e limpa, com diminuição da emissão de gases do efeito estufa.
A Reserva Extrativista Renascer deve ser a primeira localidade contemplada pelo programa. A previsão é, que até final deste ano, 205 famílias sejam atendidas.