“Eu denomino a smartflower como um gerador fotovoltaico no estado da arte”. É o que afirmou André Hipólito, diretor de tecnologia e produtos da distribuidora de equipamentos fotovoltaicos Genyx.
Durante participação no webinário realizado pelo Canal Solar nesta terça-feira (23), o especialista explicou como funciona a tecnologia e quais são as vantagens para quem a utiliza.
“Não é um produto de prateleira, em que se leva para casa e o coloca no telhado, ele é diferenciado. Obviamente que tem os benefícios da geração de energia, mas a questão é que tem um apelo de marketing muito forte”, destacou Hipólito.
De acordo com ele, a smartflower consiste em módulos solares acoplados a uma máquina capaz de seguir a movimentação do sol, emulando a natureza dos girassóis.
Ademais, o equipamento é capaz de perceber possíveis situações de risco, como ventanias e chuvas intensas, e recolhe-se automaticamente.
“Os painéis são de alta eficiência, ou seja, possuem um tratamento diferenciado. E dentro do “caule” existe um inversor. Como o produto foi inventado na Áustria, conta com um inversor Fronius”, disse.
Vantagens da smartflower
Ao longo do webinário, o executivo também destacou as vantagens da smartflower. Entre elas, a instalação, que é bem simples, pois a estrutura já vem montada com as pétalas fechadas.
“Com relação à automação, o produto está preparado com seguidor de dois eixos. Não é preciso ficar apertando parafuso para montá-la”, comentou o diretor.
Hipólito ainda destacou ser fundamental se preocupar com a fixação da base e a configuração do software para colocar as coordenadas, pois o equipamento precisa de latitude e longitude para ter uma assertividade do rastreio do sol.
Outro detalhe importante enfatizado pelo especialista é que as pétalas possuem uma cerda que faz a limpeza das placas. “A smartflower é praticamente autolimpante, porque toda vez que as pétalas abrem e fecham a cerda fará a limpeza, situação que acontece todo dia”.
Homologação e custo da smartflower
Segundo André Hipólito, a tecnologia é totalmente legalizada. O que precisa do INMETRO é o inversor, que já está certificado. “É feito o projeto e a instalação da smartflower normalmente, como um gerador fotovoltaico comum”.
Referente ao preço, relatou que o produto custa em média R$ 170 mil. “Pode-se questionar: ‘R$ 170 mil para um sistema de 3 kW, 3,5 kW? Eu poderia colocar 40% a mais de placa e ainda sim ficaria muito mais barato’. A resposta é sim”.
“Porém, a questão é que se colocar um painel no telhado, o seu cliente vai comentar que tem geração, terá que fazer uma propaganda. Instalando uma smartflower não é preciso falar, o equipamento já diz por si só para todos que estão chegando na empresa”.
Como exemplo, Hipólito citou o caso de um cliente que construiu uma usina e depois optou por comprar uma smartflower também. “Ele a colocou um pouco afastada da planta solar, mas ainda sim dava para ver os dois. Quem chama mais atenção? A usina chama, claro, mas todo mundo tira foto com a smartflower e as entrevistas são feitas lá”.
“Portanto, o produto tem essa pegada do visual, do marketing, sustentabilidade e automação. É o cartão de visitas da empresa. No entanto, é voltado para um consumidor específico. Não adianta bater de casa em casa e tentar vender. Será difícil. Até temos um caso de um cliente final que instalou em sua residência, mas acredito que os principais clientes são as grandes companhias”, concluiu.