Mesmo em meio à pandemia da Covid-19, mais uma empresa do setor solar se mostrou resiliente e apresentou uma alta no lucro em 2020.
Segundo o co-fundador da PHB Eletrônica, Ildo Bet, a companhia obteve um crescimento de 20% no faturamento no ano passado.
Durante participação no podcast Papo Solar, o executivo comentou que tiveram bons resultados financeiros, mas fez uma ressalva com relação à falta de equipamentos fotovoltaicos.
“O nosso mercado foi afetado um pouco sim por conta da pandemia. Esses últimos dois meses mostraram que o setor ainda não está a todo vapor”, apontou Bet.
“Uma vez passando essa escassez de produtos no mundo, referente a módulos, vidros e alumínio, por exemplo, vamos conseguir entregar em um prazo bem menor”, relatou. “Atualmente, o nosso prazo de expedição é de cinco dias. A meta é chegar a dois”, acrescentou.
De acordo com ele, o que vem ajudando a atenuar os problemas relacionados às entregas é o novo CD (Centro de Distribuição) da companhia, localizado em Barueri (SP). “O mesmo está nos trazendo um grande diferencial para termos uma melhor logística e entregar num prazo mais curto”.
Resolução 482
Outro ponto destacado pelo especialista ao longo do podcast foi a resolução 482. “O pessoal técnico da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) está do nosso lado. O problema é político”.
“As distribuidoras [de energia] têm a razão delas, nós temos as nossas. Posso dizer que, principalmente, eles não colocaram os nossos benefícios na conta. Só foi colocado uma situação em que a gente usa o fio e não paga. Quer dizer, não é bem assim né. Temos também bastante coisa positiva para o planeta, para o meio ambiente”, destacou o co-fundador da PHB.
O executivo afirmou que sua posição referente à 482 é que o setor deveria esperar mais um pouco para que a taxa de penetração da solar fosse maior, pelo menos 5% ou talvez até 10%.
“Estamos participando ativamente e cooperando com recursos para que as associações, como a ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) e a ABGD (Associação Brasileira de Geração Distribuída), por exemplo, façam o seu trabalho”, comentou.
“A PHB é favorável que se dê mais um tempo como a regra está hoje. Essa ‘criança’ está engatinhando, começou a falar e está aprendendo a escrever, portanto, tem que deixar ela ficar adulta”, concluiu.