Avaliar os impactos da utilização de baterias no sistema elétrico, da geração até o cliente final. Este é o objetivo da CPFL Energia, que anunciou que colocou em operação três projetos de armazenamento de energia.
Essas entregas tiveram investimento de R$ 27 milhões de um total de R$ 66 milhões que serão utilizados. O programa começou em 2017 e irá até 2022.
Segundo a companhia, foram instalados cinco sistemas de armazenamento em baterias de 75 kWh a 2 MWh de capacidade em uma unidade da rede Graal, em dois condomínios residenciais, em uma subestação de energia e em uma usina do complexo eólico Campo dos Ventos, no Rio Grande do Norte, da CPFL Renováveis.
Na rede Graal, por exemplo, a empresa implementou o sistema de armazenamento com baterias de lítio de 200 kW/430 kWh, integradas a um gerador a diesel e dois eletropostos para a recarga de veículos.
Já na subestação Barão Geraldo, a instalação do projeto de armazenamento em baterias de 1 MW/2 MWh visa a integração com um alimentador de distribuição, garantindo, de acordo com a CPFL, mais qualidade do fornecimento e uma maior integração de fontes renováveis intermitentes nesta rede.
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Ademais, foi construído um sistema de armazenamento de energia em baterias de 100 kW/255 kWh em um condomínio com 47 unidades consumidoras, sendo que 27 delas possuem sistemas fotovoltaicos.
Outros projetos
Segundo a companhia, foi instalado ainda um sistema de armazenamento de 25 kW/75 kWh em um poste de distribuição de energia (aéreo) com atendimento a um condomínio residencial com geração solar e outras unidades consumidoras.
No Complexo Eólico Campo dos Ventos, o projeto de armazenamento em baterias de 1 MW/1,29 MWh permitirá a otimização da produção de energia renovável intermitente, suavizando a curva de geração, afirmou a empresa.
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“A CPFL Energia investe em P&D para acelerar a modernização do setor elétrico e superar desafios como a integração de fontes de energia limpa solar e eólica. O armazenamento é a principal tecnologia viabilizadora dessas fontes renováveis na matriz elétrica pois agrega flexibilidade e melhora a gestão da rede, além de contribuir para a conservação dos ativos e redução dos picos de consumo”, destacou Renato Povia, diretor de Estratégia e Inovação da CPFL Energia.