Redução de semicondutores pode afetar mercado fotovoltaico?

Fabricantes de inversores fotovoltaicos analisaram o impacto da escassez do insumo no setor solar

A alta no consumo de eletrônicos durante a pandemia de Covid-19 e os surtos da doença no Sudeste Asiático são os principais fatores da escassez na oferta de chips semicondutores na indústria mundial.

Esta situação vem gerando descompasso no preço e na entrega deste produto, impactando a produção de diversos produtos, entre eles o de inversores fotovoltaicos.

Allen Lei, diretor comercial da fabricante de baterias Dyness, avalia que essa “escassez continuará até o ano que vem pelo menos porque é difícil resolvê-la em pouco tempo, enquanto o mercado global tem uma grande demanda pelos chips, e a capacidade é difícil de atender em pouco tempo”.

Atualmente, a fabricante utiliza semicondutores no BMS (battery management systems) em suas baterias de lítio.

Desheng Lei, diretor de vendas da Solis, comenta que o impacto macroeconômico e a crise provocada pela pandemia têm causado grandes mudanças no mercado global e na logística internacional. “A falta de chips é um problema corriqueiro na indústria de equipamentos de energia e entre outras indústrias”.

Lei ainda afirma que para estabilizar o fornecimento de semicondutores, a Solis fechou um contrato neste ano no valor de mais de R$ 1 bilhão com a Infineon, fabricante alemã de IGBTs (Insulated Gate Bipolar Transistor). 

Segundo ele, a produção e a entrega estão ocorrendo normalmente. Além disso, Lei orienta que empresas do mercado fotovoltaico brasileiro tenham um plano de compras, para auxiliar na fabricação e envio dos produtos.

Já a empresa Huayu passou a utilizar como estratégia, para evitar problemas na entrega de microinversores, o escritório nos EUA em vez do canal de compra na China para obter o suprimento de fábrica localmente. 

Outra empresa que não encontra problema pela falta de chips no mercado brasileiro, por seu planejamento é a Fronius. De acordo com Alexandre Borin, gerente de Energia Fotovoltaica da Fronius do Brasil, a empresa “não tem problemas de falta de insumos para os inversores comercializados no Brasil, está tudo normal”.

“Isso é fruto de uma política de austeridade e de planejamento de longo prazo que só empresas sólidas como a Fronius podem oferecer ao mercado de energia solar”, conclui.

A fabricante Growatt também informou que continua produzindo seus inversores sem problemas na entrega dos seus produtos.

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Redação do Canal Solar
Texto produzido pelos jornalistas do Canal Solar.

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