Dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) apontam que o estado de São Paulo ultrapassou, nesta segunda-feira (04), a marca de 900 MW de potência instalada em GD (geração distribuída).
De acordo com a ABGD (Associação Brasileira de Geração Distribuída), este patamar é suficiente para abastecer cerca de 1,3 milhão de habitantes e capaz de mitigar a emissão de 365 mil toneladas de gases do efeito estufa, por ano.
O estado paulista é o segundo a alcançar esta marca, ficando atrás apenas de Minas Gerais, que conta com 1,37 GW de capacidade instalada.
“Em todo o Brasil, a prevalência dos projetos de energia solar é a tônica. Todavia, há potencial de crescimento para GD em todas as outras fontes renováveis e limpas, inclusive como solução para passivos ambientais como resíduos sólidos urbanos, que podem virar fonte de energia”, destacou Carlos Evangelista, presidente da ABGD.
Segundo a Associação, São Paulo, em termos de composição da matriz de geração distribuída, repete o padrão de predominância da solar, como no restante do país.
Leia mais: Brasil atinge 7 GW de potência instalada em GD
Potência instalada de energia solar em SP
Os empreendimentos fotovoltaicos respondem por 886 MW, ou 98% do total; seguido de biogás (9,5 MW), Centrais Geradoras Hidrelétricas (3,7 MW), gás natural (511 kW) e eólico (58 kW). São mais de 117 mil micro e mini usinas instaladas.
“São Paulo tem muito mais a entregar e desenvolver, especialmente em diversificação de fontes. Ao compararmos com Minas Gerais, verificamos que não há projeto paulista de GD advinda de bagaço de cana-de-açúcar, largamente produzida na região”, disse Guilherme Chrispim, presidente do Conselho da ABGD. O estado mineiro, por exemplo, conta com sete unidades deste tipo, com potência instalada de 500 kW.