O estado de Pernambuco ultrapassou, nesta quinta-feira (7), a marca de 200 MW de potência instalada em geração distribuída, de acordo com dados da ANEEL (Agência Nacional Energia Elétrica).
Este patamar é suficiente para abastecer cerca de 300 mil de habitantes e capaz de mitigar a emissão de 82 mil toneladas de gases do efeito estufa, por ano, segundo cálculos da ABGD (Associação Brasileira de Geração Distribuída).
“Pernambuco tem potencial gigantesco para criar, fomentar e desenvolver grandes projetos de geração distribuída: 200 MW ainda é pouco para a capacidade do estado”, afirmou Ananias Gomes, diretor regional da ABGD-PE.
A Associação destacou que o estado passa por um processo acelerado de crescimento do setor, com a maior parte do histórico de ampliação da capacidade concentrada nos últimos dois anos: do total de 200 MW atuais, 160 MW foram implementados a partir de 1 de outubro de 2019.
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Entre as mais de 21 mil micro e mini usinas instaladas, os pernambucanos optaram por sistemas fotovoltaicos em 99% dos casos, havendo apenas quatro UC (Unidades de Crédito) de biogás, três eólicas e outras três em CGH (Centrais Geradoras Hidrelétricas).
De acordo com o Atlas Solarimétrico do Território Brasileiro, Pernambuco está na região com o segundo maior índice de radiação solar diária, entre os quatro diferentes patamares presentes no país.
“Em todo o Brasil, a prevalência dos projetos de energia solar é a tônica. Todavia, há potencial de crescimento para geração distribuída em todas as outras fontes renováveis e limpas, inclusive como solução para passivos ambientais como resíduos sólidos urbanos, que podem virar fonte de energia”, conclui Carlos Evangelista, presidente da ABGD.
Imagem: Pedro Henrique Bonadiman Conceição