O Governo Federal autorizou o início da operação de uma nova linha de transmissão nos municípios de Pirapora e de Presidente Juscelino, no Estado de Minas Gerais, com o objetivo escoar energia elétrica das regiões Norte e Nordeste para o restante do país.
A nova linha ajudará a minimizar os efeitos da crise hídrica, uma vez que contribuirá para o escoamento da energia proveniente da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Estado do Pará, e das geradoras eólicas e fotovoltaicas localizadas nos municípios nordestinos.
De acordo com a União, a nova linha ajudará na recomposição dos níveis de armazenamento dos reservatórios das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul durante o período chuvoso, e também para o uso otimizado do recurso durante os períodos mais secos, com reflexos para a diminuição da tarifa de energia elétrica dos consumidores.
A nova linha de transmissão conta com 177 quilômetros de extensão e permite o incremento de 800 MWm na transferência de energia – valor capaz de suprir com sobra, por exemplo, da grande Florianópolis (demanda de 530 MWm).
Reservatórios
Com o início do período chuvoso, em novembro, o nível dos reservatórios das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste começou a apresentar uma pequena melhora em relação ao estado crítico em que se encontravam anteriormente. No entanto, a situação ainda segue abaixo do recomendado.
A situação mais complicada continua sendo a do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que concentra cerca de 70% de toda a água armazenada no país. Por lá, as hidrelétricas das duas regiões operavam, nesta quinta-feira, com menos de um quinto de sua capacidade (19,38%).
Trata-se de um número melhor, mas ainda muito próximo dos registrados durante o período seco (18% em setembro). Na ocasião, as hidrelétricas de Três Irmãos e Ilha Solteira começaram a operar com volume morto, no limite da cota mínima de funcionamento. Atualmente, a situação, mesmo com todas as chuvas já registradas, segue a mesma.
Já as hidrelétricas que compõem a região Sul do país, ao menos, ganharam um respiro maior em relação a setembro. O nível médio dos reservatórios subiu de 26,9% para 54,98%. O espaço concentra aproximadamente 7% de todo volume de água armazenada do Brasil.