O Brasil assinou, nesta terça-feira (22), um plano de trabalho com a IEA (Agência Internacional de Energia) para o biênio de 2022-2023. O acordo – chamado de “Plano de Trabalho Brasil-IEA” – prevê a participação técnica nacional na revisão de relatórios da organização em assuntos relacionados à transição energética.
O documento foi assinado durante um encontro do ministro do MME (Ministério de Minas e Energia), Bento Albuquerque, com o diretor executivo da IEA, Fatih Birol, para troca de impressões sobre o cenário energético internacional e sobre as principais tendências da transição energética.
Além da participação técnica brasileira na revisão de relatórios da organização, o acordo também prevê ações de cooperação, com ênfase em treinamento e capacitação e intercâmbio de dados estatísticos.
De acordo com o MME, a parceria com a IEA tem “rendido frutos em temas de grande interesse para o setor energético brasileiro, em áreas como planejamento energético, desenho de mercado de energia (eletricidade e gás natural), segurança energética, bioenergia e biocombustíveis, eficiência energética e hidrogênio”.
Brasil em Paris
Além do encontro com o diretor da IEA, o ministro Bento Albuquerque, participou ontem (23) e participa hoje (24) da reunião Ministerial da Agência, em Paris. A reunião conta com a presença de cerca de 40 ministros de energia de países membros e associados da IEA, bem como de lideranças empresariais do setor de energia.
O objetivo central é discutir formas de acelerar a transição energética global para um futuro de baixo carbono. O encontro, que ocorre em momento marcado por volatilidade nos mercados internacionais de energia, será também uma ocasião para a discussão e coordenação de ações coletivas, com vistas à estabilização dos mercados globais de petróleo e gás.
Vinculada à OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), a IEA é um dos principais foros internacionais dedicados aos temas energéticos. O Brasil é um dos países associados à entidade.