Sunova abrirá armazém no Brasil para garantir o abastecimento

Fabricante relata como lockdown na China está impactando entrega de equipamentos
canal solar Sunova abrirá armazém no Brasil para garantir o abastecimento
Companhia ressaltou as dificuldades na logística internacional

A logística global tem sofrido, desde o início de 2020, com os impactos da pandemia, que provocaram escassez de contêineres, atrasos nas escalas dos navios, congestionamentos nos portos e aumento do preço dos fretes marítimos chineses.

O Canal Solar, inclusive, trouxe diversas reportagens mostrando a alta constante no preço do frete marítimo. Recentemente, autoridades chinesas determinaram que as empresas parassem a produção em algumas localidades, como Wuxi e Xangai.

Segundo o governo chinês, as medidas adotadas são rigorosas e visam controlar o contágio. Porém, causam interrupções significativas nas atividades locais de fabricação e transporte, o que acaba pressionando o sistema logístico terrestre interno do país e afeta a cadeia internacional.

Essas restrições estão impactando aproximadamente 200 milhões de pessoas e mais de 20 cidades chinesas estariam sob lockdown total ou parcial.

A fabricante Sunova, por exemplo, afirmou que a situação da pandemia na China ainda é grave, destacando a decisão do governo chinês de determinar lockdown em algumas regiões do país.

“Desde o final de março, a Covid-19 está ficando mais sério a cada dia na China, especialmente em Xangai, Jiangsu e Zhejiang. Nossos fornecedores de BOM (Bill of Materials – Estrutura de Produtos) precisam interromper a produção, os materiais não podem ser transportados devido à fiscalização do governo. Nossa fábrica também foi fechada de 31 de março a 6 de abril”, disse em comunicado.

Ainda de acordo com a companhia, todos os fabricantes, incluindo a Sunova, não têm escolha a não ser interromper a produção. Ademais, a empresa ressaltou as dificuldades na logística internacional.

“Quase todos os pontos de entrada e saída em nossa cidade estão fechados e os contêineres não podem ser transportados para o porto. Os contêineres não podem chegar ao Porto de Xangai, Porto de Taicang, Porto de Ningbo, quase todos os portos como normalmente. Foi preciso muito esforço para enviar alguns dos contêineres para os portos”, acrescentou a fabricante em nota.

A empresa ainda esclareceu ao Canal Solar que com os últimos acontecimentos, a cadeia de suprimentos está muito apertada e é difícil entregar mercadorias e que por este motivo, irá abrir um armazém próprio aqui no Brasil para garantir o abastecimento.

“Como parte de nossa estratégia e estrutura de atendimento, a Sunova deverá contar ainda em 2022 com um entreposto alfandegário na cidade de Itajaí (SC) onde já se encontra o escritório da empresa no Brasil”, afirma Wellington Araujo, diretor geral da Sunova no Brasil.

“Esse investimento busca atender com um estoque de segurança, demandas onde nossos parceiros buscam produtos já nacionalizados “just in time” para atender demandas mais imediatas. Essa alternativa torna-se bastante viável também em situações de gargalos logísticos na China conforme estamos vivenciando atualmente. Também dedicaremos parte desse estoque de segurança para eventuais trocas em garantia de fabricação, oferecendo uma alternativa mais rápida e vantajosa para nossos clientes no Brasil”, conclui.

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Ericka Araújo
Head de jornalismo do Canal Solar. Apresentadora do Papo Solar. Desde 2020, acompanha o mercado fotovoltaico. Possui experiência em produção de podcast, programas de entrevistas e elaboração de matérias jornalísticas. Em 2019, recebeu o Prêmio Jornalista Tropical 2019 pela SBMT e o Prêmio FEAC de Jornalismo.

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