Comunidades quilombolas do município de Oriximiná, na Mesorregião do Baixo Amazonas, serão contempladas com cerca de R$ 403 mil para aquisição de painéis fotovoltaicos.
O recurso será disponibilizado pelo Governo do Estado do Amazonas a pedido de uma solicitação feita pelos deputados federais Beto Faro (PT/PA) e Dilvanda Faro (PT/PA).
Nesta terça-feira (21), o governador Helder Barbalho (MDB) assinou a liberação do montante durante a sua agenda de trabalho.
A iniciativa tem como objetivo propiciar o funcionamento de refrigeradores nas comunidades remotas e garantir a conservação dos alimentos consumidos pela população, além de outros benefícios relacionados ao abastecimento de energia.
A ação faz parte do “Projeto Trombetas de Segurança Alimentar em Comunidades Tradicionais de Oriximiná”, que está sendo executado pela Seaster (Secretaria de Estado de Assistência, Social, Trabalho, Emprego e Renda).
Ao todo, são 22 comunidades remanescentes dos antigos quilombos e de caboclos ribeirinhos tradicionais vivendo na área de influência do projeto.
São elas: Abuí, Paraná do Abuí, Tapagem, Sagrado, Mãe Cué, Juquirizinho, Curuçá, Último Quilombo, Bacabal, Aracuã do Meio, Varjão, Pancada, Araçá, Jauari, Jauari 2, Jamaru, Jarauca, Santa Rita, Tapuá, Sacuri, Xiriri Santo Antônio e Boa Vista Cuminá
Situação crítica
Atualmente, o Brasil conta com cerca de um milhão de pessoas sem nenhum acesso à energia elétrica, das quais 990 mil estão na Amazônia Legal, segundo estimativas do Iema (Instituto de Energia e Meio Ambiente).
Além de incentivos estaduais, projetos federais também têm sido aplicados – mesmo que lentamente – para tentar minimizar as dificuldades vivenciadas pelas famílias residentes nas regiões remotas da Amazônia Legal.
Em 5 de fevereiro de 2020, o governo brasileiro instituiu, por exemplo, por meio do Decreto nº 10.221, o Programa Mais Luz para a Amazônia. O projeto tem levado sistemas de geração que utilizam energia renovável, especialmente, a solar fotovoltaica, para as comunidades desassistidas da região.