Segundo estudo realizado pela consultoria especializada Volt Robotics, entre 2022 e 2031, a GD (geração distribuída) solar reduzirá o risco hidrológico em média em 24%.
No total, o custo sem geração distribuída seria de R$ 48,1 bilhões. Já com a tecnologia fotovoltaica de R$ 36,6 bilhões – totalizando uma redução de R$ 11,5 bilhões.
No caso de secas severas, a pesquisa apontou que a redução seria de 12%. Sem GD, o custo seria de R$ 226,1 bilhões, já com a solar de R$ 199,1 bilhões – redução de R$ 27 bilhões.
O levantamento traz, ainda, a projeção de redução de emissão de gases de efeito estufa, que nos cenários médios chega a 67 milhões de toneladas de CO2 até 2031.
No cenário de uma nova crise hídrica, com maior acionamento de termelétricas mais caras e poluentes, a redução dos gases do efeito estufa seria de 121 milhões de toneladas de CO2.
Além deste dado, a empresa indicou que, entre 2022 e 2031, a GD reduz em média a produção termoelétrica em 1.519 MWm (15%). Em eventos de seca, a redução é de 2.726 MWm (19%).
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Políticas públicas e futuro da solar
Outro ponto destacado pela Volt Robotics é a sinalização do papel das políticas para viabilizar esses cenários futuros, sem a necessidade de aporte de recursos públicos, com foco em ações diretas e pragmáticas a serem adotadas nos âmbitos do MME (Ministério de Minas e Energia), CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) e ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).
“A ABSOLAR e o setor trabalham para garantir que a geração própria de energia fotovoltaica seja tratada de forma justa e equilibrada, conforme determina a Lei nº 14.300/2022”, disse Rodrigo Sauaia, presidente executivo da ABSOLAR.
Ademais, enfatizou que os benefícios da solar sejam corretamente identificados e incorporados nas diretrizes a serem oficializadas pelo CNPE por meio de resolução a ser publicada este ano, a partir da qual a ANEEL realizará os cálculos, para posterior auditoria da sociedade”, explicou.
Na visão da Associação, as diretrizes são estratégicas para o futuro da geração própria de energia renovável no Brasil, fundamental para o desenvolvimento sustentável do país.
“Por isso, é fundamental que o processo de definição de regras tenha uma reflexão aprofundada e compatível com a abrangência e importância do tema para a sociedade brasileira”, comentou Bárbara Rubim, vice-presidente de geração distribuída da ABSOLAR.
Guilherme Susteras, coordenador do grupo de trabalho de geração distribuída da ABSOLAR, ressaltou que a população e o Congresso Nacional estão acompanhando de perto este trabalho.
“A ideia é justamente garantir que as renováveis recebam o tratamento correto, adequado e condizente com as necessidades do Brasil, de modo a maximizar os benefícios que podem proporcionar a todos os cidadãos”, concluiu.