O Sicredi (Sistema de Crédito Cooperativo), uma instituição financeira com presença em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, contabilizou nos primeiros quatro meses do ano um total de R$ 882 milhões em crédito para projetos de energia solar no Brasil.
Trata-se de um montante que representa um aumento de 58% em relação ao mesmo período de 2021, quando a procura por investimentos no setor foi de R$ 560 milhões.
Do total de financiamento concedido entre janeiro e abril deste ano, metade foi destinado a empresas do setor, enquanto 33% foram para pessoas físicas e outros 17% foram para o agronegócio.
De acordo com o Sicredi, um dos principais motivos que explicam o crescimento dos projetos de energia fotovoltaica no primeiro quadrimestre do ano é o trabalho que vem sendo realizado pela instituição com as empresas instaladoras do setor.
Na avaliação da instituição, as parcerias firmadas têm possibilitado que o financiamento de instalação obtido no Sicredi já seja depositado diretamente na conta das empresas, facilitando o processo para seus associados.
Outra explicação que ajuda a explicar os aumentos seria o PDI (Programa de Desenvolvimento de Integradores de Energia Solar), desenvolvido no Rio Grande do Sul em parceria com o Sebrae/RS e a UCS (Universidade de Caxias do Sul), que oferece qualificação profissional na instalação de equipamentos às empresas parceiras.
Uma última explicação dada pelo Sicredi para justificar o maior volume de crédito para projetos de energia solar envolve a criação por parte do Sicredi de uma área de finanças sustentáveis, dedicada à captação de recursos para a geração de energia limpa no país.
Criado em 2021, o departamento já computou mais de US$ 120 milhões junto à IFC (International Finance Corporation), membro do Banco Mundial, focada em atender à crescente demanda por crédito destinado à instalação de sistemas de energia solar em todo o planeta.