A transição energética com energias renováveis é uma solução para a crise climática e o setor privado está pronto para investir e acelerar a descarbonização.
Esta é a análise de Solange Ribeiro, diretora vice-presidente de Regulação, Institucional e Sustentabilidade da Neoenergia e vice-presidente do Conselho do Pacto Global da ONU.
A executiva participou da 27ª edição da COP-27, que está sendo realizada em Sharm El Sheikh, no Egito, e reforçou a necessidade de aumento da ambição climática entre os países e as empresas.
Solange afirmou, em evento do Pacto Global, que as empresas são fundamentais para fornecer segurança, preços estáveis de energia e oportunidades de trabalho.
“Descarbonização e rentabilidade são totalmente compatíveis. O setor de energia desempenha um papel crucial para permitir que outros setores alcancem as metas climáticas”, disse.
“As crises atuais demonstram a necessidade de acelerar a transição energética para aumentar a autonomia de energia e reduzir as emissões. A solução estrutural é clara: mais renováveis, mais redes e digitalização”, enfatizou.
Para ela, é necessário que a alta liderança entenda que os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU não são apenas uma prioridade, e sim valores inseridos nos fóruns mais estratégicos das companhias e nas tomadas de decisão.
Além disso, afirmou que é preciso criar políticas energéticas seguras, incentivar inovação e novas tecnologias como o hidrogênio verde e promover parcerias multissetoriais.
Segundo Solange Ribeiro, o avanço da transição energética com bases sustentáveis irá requerer vultuosos investimentos. “Os investidores já compreenderam que apostar em empresas que adotam a sustentabilidade em sua estratégia representa menor risco aos negócios”.
“Este movimento do mercado de capital está alinhado à estratégia ESG da Neoenergia e percebemos como grande oportunidade para acelerar nossos investimentos no crescimento de nosso parque renovável, modernização e digitalização da rede e ampliação das linhas de transmissão, necessárias para a descarbonização e eletrificação da economia brasileira”, concluiu.