Muito tem se falado que a geração distribuída de energia é coisa de rico. Alguns segmentos e os agentes do setor elétrico utilizam esse mote para dizer que a GD penaliza os mais “pobres” em virtude dos subsídios cruzados.
A grande verdade é que cada vez mais cai por terra os argumentos desses que escrevem e falam o que acham que é. Mas, felizmente, existem os números que são imparciais e retratam com frieza e exatidão a realidade.
Resolvi então elaborar um quadro com os números disponibilizados pela ANEEL sobre a GD, em 26/12/2022, informações socioeconômicas da população brasileira coletadas do Censo/IBGE, focando na renda por classes sociais, e no consumo de energia residencial fornecidos pela EPE.
Os números desnudam a realidade social e econômica onde está inserida a geração distribuída, e podem servir de base para as tomadas de decisões do novo governo que em seu programa tem primazia pelas classes menos favorecidas.
Os números constam da tabela abaixo e podem ser confrontados por quem quiser e bem entender. A conclusão é a seguinte: 96% da geração distribuída da classe residencial atende a consumidores das classes C, D e E; e, apenas 4% atendem as classes A e B.
Os números provam exatamente o contrário, os adotantes de geração distribuída em sua esmagadora maioria são das classes com menor renda domiciliar, e as mais favorecidas, desta feita, são expressiva minoria. Esse negócio de que GD é coisa de rico não cola mais, arrumem outro discurso pois este não faz mais sentido.
Uma resposta
É necessário mostrar as fontes da pesquisa.