O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que um terço dos consumidores brasileiros foram afetados pelo apagão que deixou diversas regiões do país sem acesso à energia elétrica nesta terça-feira (15).
Em coletiva de imprensa concedida na sede do MME (Ministério de Minas e Energia), em Brasília (DF), o executivo disse que o problema foi causado por “dois eventos concomitantes em linhas de transmissão de alta capacidade”.
Um deles foi localizado no Estado do Ceará, enquanto que o segundo ainda não foi identificado pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).
“Houve sobrecarga no Ceará, o que fez o sistema entrar em colapso na região, com uma perda abrupta na carga. A ONS reagiu, modulou a carga para Sul e Sudeste e fez a carga ser reduzida para proteger o sistema”, afirmou Silveira.
O ministro disse também que o ocorrido não tem nada a ver com o suprimento energético e a segurança energética do Brasil e disse que a energia elétrica foi restabelecida em todo o sistema às 14h29, pouco mais de seis horas após o início do apagão (às 8h29).
Silveira disse ainda que o caso é “extremamente raro” de acontecer. “Para acontecer um evento dessa magnitude, nós temos que ter tido dois eventos concomitantes, em linhas de transmissão de alta capacidade. Ou seja, é extremamente raro que aconteça o que aconteceu no episódio de hoje”, disse.
O ministro de Minas e Energia afirmou também que irá solicitar à PF (Polícia Federal) e à Abin (Agência Brasileira de Inteligência) a apuração das causas do apagão. “Vamos encaminhar tanto à Polícia Federal quanto a Abin a instauração de procedimentos para apurar eventuais dolos nesses ocorridos de hoje”, comentou.
“Tenho absoluta convicção que o ONS, até por sua característica técnica, não vai ter condição de dizer textualmente se esses eventos foram eminentemente técnicos, ou se houve também falha humana ou até dolo”, explicou Silveira.
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