Os investimentos em sistemas fotovoltaicos de GD (geração distribuída) atingiram – apenas nos últimos 30 dias – cerca de R$ 2,6 bilhões, segundo levantamento feito pela ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).
O estudo informa que os recursos aplicados nos projetos solares de micro e minigeração distribuída saltaram de R$ 111,2 bilhões acumulados no início de julho para R$ 113,8 bilhões no começo de agosto.
Pela avaliação da entidade, o crescimento teria sido ainda maior se não fossem os bloqueios impostos por concessionárias, como a Cemig e o Grupo CPFL.
Segundo a ABSOLAR, mais de 3 mil pedidos de conexão foram cancelados e suspensos nos últimos meses pelas distribuidoras, totalizando cerca de 1 GW em sistemas solares represados no Brasil. Com tais restrições, o prejuízo calculado pela associação ultrapassa os R$ 3 bilhões.
Capacidade instalada
De acordo com o mapeamento, os investimentos dos últimos 30 dias foram responsáveis pelo acréscimo de 500 MW na capacidade instalada de painéis solares e pela criação de mais de 15 mil novos empregos no setor.
Atualmente, o Brasil conta com uma potência acumulada de geração própria de energia solar que supera a barreira dos 23 GW, com mais de 2 milhões de sistemas instalados em telhados, estabelecimentos comerciais, propriedades rurais e afins.
Somente na última década, o segmento também já foi responsável pela geração de mais de 675 mil empregos no país, segundo os dados da ABSOLAR.
Perspectivas
Para Vânia Casé, head de franquias da EcoPower, franqueadora de soluções em energia fotovoltaica, o crescimento da geração própria de energia solar continua bastante intenso e é um movimento que não tem volta no Brasil e no mundo.
“Olhando para o mercado internacional, vemos que os investimentos em energias renováveis já ultrapassam os do petróleo, algo inédito e significativo na história. Além disso, o investimento em novas tecnologias também confirma a pujança desse mercado, que ainda tem muito a expandir, tanto no Brasil quanto no mundo”, disse ele.
Fábio Carrara, CEO da Solfácil, empresa que conecta integradores aos consumidores, avalia que as expectativas de crescimento do setor solar no Brasil são promissoras.
“Novas tecnologias, como armazenamento de energia, veículos elétricos e hidrogênio verde têm o potencial de impulsionar ainda mais os negócios”, destacou.
Já na visão de Mário Viana, diretor da Sou Energy, fabricante de módulos fotovoltaicos, a visão é a mesma dos demais profissionais citados acima.
“Como temos uma das energias mais caras do mundo, ter a própria usina garante custo baixo de produção de eletricidade, possibilitando uma redução dessa despesa, além de melhorar a competitividade do setor produtivo”, comentou.
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