As distribuidoras de energia elétrica negaram mais de 157 mil pedidos de conexão de sistemas de geração distribuída no Brasil entre os meses de janeiro de 2022 e janeiro de 2023, segundo dados divulgados pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Os números foram disponibilizados por meio de um painel interativo com informações sobre as solicitações realizadas até o dia 7 de janeiro de 2023, a data limite prevista pela Lei 14.300 para garantir a manutenção das regras antigas de compensação de créditos de energia.
O levantamento, com informações atualizadas até o dia 31 de agosto deste ano, aponta que mais de 865 mil pedidos de conexão foram realizados no período, com um percentual de reprovação de 17,81%, conforme ilustra a imagem abaixo:
Entre as empresas, a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) foi a que mais negou pedidos: foram mais de 53 mil reprovações. Logo atrás, aparece a Neonergia Coelba (Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia) e Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina), com 27,1 mil e 20,8 mil recusas, respectivamente.
Com 851 pedidos recebidos, a Sulgipe (Companhia Sul Sergipana de Eletricidade) se destaca por ser a concessionária que, percentualmente, mais rejeitou pedidos de conexão para sistemas de geração distribuída, com quase metade das solicitações (416 pedidos) negadas.
Segundo a ANEEL, a maioria das reprovações ocorreu por motivos de documentação incorreta, incompleta ou outras não conformidades. Todas as solicitações reprovadas somam mais de 25,6 GW de potência.
Dados incompletos
Apesar dos dados divulgados, os números oficiais de reprovações em todo país tende a ser ainda maior do que os apresentados, uma vez que mais de dez distribuidoras ainda não encaminharam seus relatórios à ANEEL, incluindo de grandes áreas de concessão, como a CPFL Paulista, a Enel-SP e a EDP-SP.
Nesse sentido, a plataforma da Agência ainda não permite identificar quantas solicitações de projetos de micro e minigeração distribuída foram reprovados ou aprovados por estas concessionárias de energia elétrica.
Ao todo, o painel interativo da entidade contabiliza, neste instante, os dados de 29 distribuidoras brasileiras. Os números seguem sendo atualizados e podem ser acompanhados aqui.
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2 respostas
As concessionárias fazem de tudo para acabar com a GD.
Mas acredito que seja melhor procurarem outra estratégia, porque ir contra a tendência mundial, não adianta.
Tomem vergonha na cara e seja honestos.
A grande maioria desses pedidos negados foram por ausência de documentação mínima. Todo mundo viu de perto o desespero especialmente na primeira semana de Janeiro/23 onde começava o fim do subsídio completo. Teve muito integrador que fazia de tudo pra tentar manter a data do protocolo.