O consumo de energia elétrica no Brasil subiu pelo sexto mês consecutivo, encerrando outubro com uma demanda de 70.047 MW médios – um volume 6,2% maior na comparação com o mesmo período do ano passado.
Os dados são do Boletim InfoMercado Quinzenal, da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), que associa a alta ao calor que tem provocado um uso maior de ventiladores e ar-condicionado.
O maior avanço observado pela CCEE foi no mercado regulado, onde estão os consumidores residenciais e as pequenas empresas. O segmento utilizou 44.448 MW médios no mês passado, um crescimento de 7,6% no comparativo anual.
Os demais 25.599 MW médios foram fornecidos ao Mercado Livre de Energia, que abastece a indústria e grandes empresas. Nesse ambiente, o aumento foi de 3,8% frente a igual período do ano passado.
No Mercado Livre de Energia, a CCEE acompanha o consumo de energia em 15 ramos de atividade econômica, sendo os maiores avanços registrados nos setores de extração de minerais metálicos (10,4%), comércio (9,4%), bebidas (8,5%), serviços (7,2) e alimentícios (6,7%).
Apenas quatro ramos registraram demanda menor: têxteis (-0,2%), saneamento (- 1,0%), telecomunicações (-2,5%) e veículos (-4,7%).
Geração de energia
As hidrelétricas – que ainda são a principal fonte de energia do país – forneceram quase 50.000 MW médios para o SIN (Sistema Interligado Nacional), um volume 10,6% maior na comparação com o mesmo período do ano passado.
Os parques eólicos produziram mais de 13.000 MW médios (avanço de 1,4%), enquanto que as fazendas solares geraram mais de 2.800 MW médios, um crescimento de 51,9%.
Segundo a CCEE, a performance dessas três fontes de energia contribui para que houvesse uma redução de 16,4% na participação das termelétricas, utilizados em momentos mais críticos do setor para garantir fornecimento para a população.
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