Os sistemas de energia solar com baterias em telhados residenciais já são uma realidade no mercado global, sobretudo na Alemanha – onde 78% das novas instalações em 2023 integraram soluções de armazenamento, segundo dados da BloombergNEF.
No país europeu, os sistemas fotovoltaicos com este tipo de solução já são mais do que uma realidade há mais de uma década por causa de políticas que incentivam o uso da tecnologia, sobretudo em imóveis residenciais.
Em maio de 2013, o governo alemão lançou um regime de subvenções administrado pelo banco de desenvolvimento KfW, concedendo benefícios aos sistemas de armazenamento instalados com sistemas solares novos ou existentes abaixo de 30 kW de potência.
Tal medida ajudou a popularizar a solução no país e fazer da Alemanha o maior mercado de energia solar residencial com baterias do mundo, com instalações crescendo a um ritmo constante, mesmo com a redução do subsídio ao longo dos anos.
Em vez disso, o mercado é impulsionado por clientes procuram aumentar o autoconsumo de energia solar no local porque poupam mais de € 0,30 kWh para evitar a compra de eletricidade à rede enquanto o pagamento pelas exportações de energia solar for inferior a € 0,05 kWh.
Crescimento das baterias em outros mercados
Em seu estudo, a BloombergNEF também estima que os sistemas com armazenamento deverão ganhar cada vez mais destaque em outros países e continentes, sendo um componente-chave para o atingimento da neutralidade de carbono até 2050, conforme prevê o Acordo de Paris.
O documento aponta para um crescimento em larga no número de instalações de tecnologia ao longo dos próximos anos, sobretudo em residências e no setor de mobilidade, com a popularização dos veículos elétricos.
A expectativa é que as baterias residenciais praticamente triplique sua capacidade ao longo dos próximos seis anos, chegando a aproximadamente 90 GWh em 2030. Atualmente, esse valor está em 35 GWh.
Somente no Brasil, a previsão de crescimento dos sistemas solares com baterias é da ordem de 12,8% ao ano até 2040, movimentando mais de 12 bilhões de dólares anuais.
“Milhões de sistemas solares residenciais e carregadores de veículos elétricos serão conectados às redes que não foram construídos para suportar altas cargas instantâneas, como carregamento de veículos elétricos ou eletricidade fluindo no direção oposta quando os sistemas solares residenciais enviam energia de volta para a rede”, destaca o estudo.
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