Conforme anunciado ao mercado na quarta-feira (14), a Auren Energia adquiriu a AES Brasil e tornou-se a terceira maior geradora de energia no Brasil, ficando atrás da Eletrobras e da Engie.
Antes da fusão, a empresa ocupava a 11º posição entre as maiores geradoras no país. A Auren é controlada pela Votorantim e pelo fundo canadense CCP Investments.
A conclusão da fusão precisa ser aprovada pelos órgãos Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). É esperado que a operação seja concluída no segundo semestre de 2024.
Com a aquisição, a Auren operará 39 ativos operacionais e em construção com potência instalada de 8,8 GW, cerca de 2,4 vezes a capacidade antes da negociação.
Segundo a companhia, seu Ebitda – termo utilizado por analistas financeiros e refere-se ao lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – será ajustado de R$1,8 bilhão para R$ 3,5 bilhões. Já a receita líquida será de R$ 9,6 bilhões, um aumento de 55% sobre o faturamento da empresa utilizando a base de dados de 2023.
Sob a ótica de diversificação das fontes renováveis, o portfólio da empresa assume a seguinte configuração: hidrelétrica (54%), eólica (36%) e solar (10%).
Com a transação, a companhia se tornará a maior comercializadora de energia no Brasil, pois passará a negociar 4,1 GW médios de energia, mais de 5% do consumo total do país.
Nesse processo a Auren contou com assessoria financeira e jurídica, o assessor financeiro foi a Lazard e o jurídico foi o escritório Stocche Forbes Advogados.
Opções para a conclusão da transação por parte dos acionistas da AES Brasil
Segundo o acordo da transação a operação será realizada por meio da incorporação da ARN, sociedade cujo capital é integralmente detido pela Auren, da totalidade das ações ordinárias de emissão da AES BRASIL, tornando a AES BRASIL subsidiária integral da ARN e a emissão, pela ARN, de novas ações ordinárias e preferenciais compulsoriamente resgatáveis.
Como ato subsequente, a ARN será incorporada pela Auren, de modo que a ARN será extinta e a Auren passará a ser titular da totalidade do capital social da AES BRASIL
Em nota, a Auren informou que os acionistas da AES Brasil terão três opções para concluir a transação: receber 10% em dinheiro e 90% em ações; 50% em dinheiro e 50% em ações ou 100% em dinheiro.
Imagem: Auren Energia/Divulgação
A AES Corporation, acionista controladora indireta da AES BRASIL, comunicou à Auren e à AES BRASIL que optará pela opção 3 do quadro acima, onde a escolha é por receber 100% de sua participação em moeda corrente nacional.
Já a Votorantim S.A., acionista parte do bloco de controle da AUREN, que detém atualmente participação de 4,1% no capital social total e votante da AES BRASIL, comunicou à AUREN e à AES BRASIL que, tendo em vista estratégia de investimento de longo prazo no setor de geração e comercialização de energia brasileiro, escolherá a opção 1 e recebimento de participação equivalente a 90% do seu investimento na AES BRASIL em Ações ON AUREN e 10% em moeda corrente nacional.
O acordo está disponível aos acionistas da Auren em sua sede social, no site de Relações com Investidores, nos websites da Comissão de Valores Mobiliários e da B3 S.A. – Brasil, Bolsa, Balcão.
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