O consumo nacional de energia elétrica cresceu 9% em maio na comparação com o mesmo período do ano anterior, atingindo 47.038 gigawatts hora (GWh), segundo o boletim mais recente divulgado pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética).
No mercado livre, ambiente onde empresas negociam energia diretamente com os fornecedores, a alta foi de 10,4% utilizando a mesma base de comparação anual, com o total de 19.584 GWh.
Destaque para o avanço de 30,1% no número de consumidores livres, reflexo da abertura do mercado livre para pequenas e médias empresas.
Já no mercado das distribuidoras, o consumo cresceu 8%, para 27.454 GWh. O número de unidades consumidoras cresceu 1% no período.
Em maio, o mercado livre respondeu por 41,6% do consumo nacional e o ambiente cativo, 58,4%.
De acordo com a EPE, “as fortes chuvas e as inundações históricas que atingiram o estado do Rio Grande do Sul em maio, afetaram apenas parcialmente as estatísticas de consumo de eletricidade deste mês […]”.
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Consumo residencial
O consumo residencial avançou 13,4% em maio, para 14.835 GWh, impulsionado pelas temperaturas acima da média, aumento do emprego e renda, além da adição de novos consumidores cativos.
A alta pode ser verificada em todas as regiões do país: Centro-Oeste (+19,3%), Sudeste (+15,8%), Norte (+13,7%), Sul (+13,3%) e Nordeste (+ 6,2%).
As maiores variações ocorreram em Mato Grosso do Sul (+29,0%), Rio de Janeiro (+20,6%), Paraná e Acre (+20,2%, ambos).
Consumo comercial
O consumo comercial avançou 11,6% no período, atingindo 8.747 GWh. “O melhor desempenho do setor de comércio e serviços e as ondas de calor em grande parte do país alavancaram o consumo de energia elétrica da classe no mês”, explica a EPE.
Foram verificadas altas em todas as regiões: Sudeste (+13,6%), Sul (+11,8%), Centro-Oeste (+11,1%), Norte (8%) e Nordeste 6,5%.
“Entre os estados, Espírito Santo (+26,7%), Paraná (+18,0%), São Paulo (+17,6%), Goiás (+15,9%) e Tocantins (+15,4%) apresentaram as maiores taxa de consumo da classe no mês”, destacou a EPE.
Consumo Industrial
O consumo de energia na indústria subiu 5% (16.522 GWh) em maio, com variação positiva em todas as regiões do país: Sudeste (+6,4%), Nordeste (+5,4%), Centro-Oeste (+5,4%), Sul (+2,9%) e Norte (+0,4%).
De acordo com a EPE, as maiores contribuições vieram da fabricação de produtos alimentícios (+161 GWh; +7,8%), beneficiada pela alta no consumo das famílias e exportações de açúcar, e da metalurgia (+128 GWh; +3,1%), puxada pela produção de alumínio.
“Também se destacaram a fabricação de produtos de borracha e material plástico (+86 GWh; 10,3%) e de produtos de metal (+57 GWh; +16,0%), com expansão de dois dígitos”, sublinhou a entidade.
Houve retração no consumo no setor de produtos químicos (-33 GWh; -2,1%), em razão das inundações no Rio Grande Sul que afetou a operação do polo petroquímico de Triunfo, além da queda no consumo em uma grande unidade no Nordeste.
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