O governo brasileiro firmou acordos com a Bolívia para reforçar a interligação energética entre os dois países. Um dos memorandos de entendimento é para modificar a cota de operação da hidrelétrica de Jirau.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participaram nesta semana do Fórum Empresarial Bolívia-Brasil, que aconteceu em Santa Cruz de La Sierra, na terça-feira (9/7).
Também esteve presente o presidente do Estado Plurinacional da Bolívia, Luis Alberto Arce, e o ministro boliviano dos Hidrocarbonetos e Energia, Franklin Molina Ortiz.
Com 3.750 megawatts (MW) de potência, a UHE Jirau é a quarta maior hidrelétrica do país, atrás de Itaipu, Belo Monte e Tucuruí. Inaugurada em setembro de 2013, ao custo de R$ 19 bilhões, a usina está instalada no rio Madeira, a 120 km da capital Porto Velho (RO).
A intenção do Brasil é estabelecer um entendimento entre os dois países para que a hidrelétrica possa operar continuamente na cota 90 metros de seu reservatório. Dois terços dessa energia adicional ficaria com os brasileiros e um terço com os bolivianos. A usina já opera com nível d’água entre as cotas 82,5 m e 90 metros.
A Jirau Energia é uma SPE (Sociedade de Propósito Específico) composta pelos acionistas Engie(40%), Eletrobrás CGT Eletrosul (20%), Eletrobras Chesf (20%) e Mizha Participações S.A. (20%), subsidiária da Mitsui & CO., LTD.
Interligação
O outro acordo busca fortalecer a interligação energética entre os dois países, conectando subestações Guajará-Mirim (RO/Brasil) e Guayaramerin (Bolívia), e entre as subestações Epitaciolândia (AC/Brasil) e Cobija (Bolívia).
“Estamos estabelecendo o marco geral de compromissos estratégicos para a integração e complementação energética entre os dois países, com a finalidade de alcançar um maior aproveitamento dos recursos energéticos, em benefício de ambos, que compreende diversas atividades do setor energético, financiamento, transferência de tecnologia e capacitação”, declarou Silveira.
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