O Rio Grande do Norte é o estado mais afetado por cortes na geração de energia elétrica em 2024, segundo levantamento divulgado pela consultoria ePowerBay.
De janeiro a julho, as interrupções nas usinas localizadas no Estado somaram 2,52 milhões de MWh, representando 53% de toda a energia frustrada no Brasil no período, que totalizou 4,75 milhões de MWh.
Com 304 parques eólicos (9,96 GW) e 44 solares (1,22 GW) em operação, com o Estado contabilizando hoje uma capacidade instalada de 11,28 GW.
Em eólica, a região é a segunda maior geradora do país, atrás da Bahia (9,99 GW). Em solar centralizada, a localidade é a quinta maior e somente é superada por Minas Gerais (4,94 GW); Bahia (2,4 GW); Piauí (2,09 GW); e Ceará (1,25 GW).
No entendimento do Comitê de Energias Renováveis da Fiern (Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte) os cortes de energia podem ter efeitos catastróficos para as empresas potiguares, com algumas já registrando quedas de faturamento de até 70%.
A entidade alertou ainda que as limitações, intensificadas após o apagão de agosto de 2022, podem também levar à falência da indústria eólica e solar no Estado, uma vez que as restrições são extremamente prejudiciais para o setor de energias renováveis no Estado.
Soluções e demandas do setor
Para mitigar os impactos, a Fiern pede maior eficiência por parte do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e o uso de melhores ferramentas de avaliação de carga.
A entidade também defende que o Rio Grande do Norte invista em infraestrutura de rede para o escoamento da energia gerada.
Já a Aper (Associação Potiguar de Energias Renováveis) reforçou a necessidade de ampliar o sistema de transmissão para evitar futuras restrições e garantir maior confiabilidade energética.
A entidade entende que o Brasil precisa de energia, mas também de um sistema robusto para lidar com as demandas sem a ocorrência de novos cortes.
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