A Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) entregou na semana passada dois sistemas fotovoltaicos na 2ª Superintendência Regional, em Bom Jesus da Lapa (BA).
Com investimentos de R$ 450 mil, foram instalados 340 módulos fotovoltaicos monocristalinos de 380 W da Risen Energy, utilizados sobre o prédio da empresa e o estacionamento interno.
Também foram instalados dois inversores trifásicos 380 V de 50 kW da Sofar com 3 MPPTs (Rastreamento do Ponto de Máxima Potência), além de seis string boxes.
“São duas plantas completamente independentes, com um inversor e um autotransformador em cada uma. Tais usinas são conectadas a instalação elétrica existente em um quadro de interligação AC através de dois disjuntores de 150 A”, explicou o engenheiro eletricista Anderson Machado, analista em Desenvolvimento Regional da Codevasf.
A previsão da companhia é de que os dois sistemas supram as despesas de energia elétrica da Superintendência Regional e de seus escritórios de apoio técnico.
Ademais, a empresa divulgou que agenda de entregas incluiu ainda as obras de pavimentação de 1,7 mil m² de ruas do município, com aporte de R$ 114 mil originários de emenda parlamentar.
Poços movidos a energia solar
Em 2020, a Codevasf deu início à instalação de poços tubulares alimentados por energia solar na região do Médio São Francisco baiano. A ação representou uma inovação no trabalho de perfuração e instalação realizado em benefício de comunidades rurais.
Os primeiros poços do tipo foram implantados em comunidades dos municípios de São Félix do Coribe, Correntina e Serra do Ramalho – área de atuação da 2ª Superintendência Regional.
De um total de 78 poços que integram dois contratos firmados pela empresa, 35 deverão ser alimentados por sistemas fotovoltaicos.
A usina implantada na comunidade Angical, em São Félix do Coribe, por exemplo, foi a primeira instalada com solar. A mesma conta com cinco placas que fornecem a energia necessária para o bombeamento da água de dentro do poço até um reservatório de dez mil litros.
Para Diogo Lessa, produtor da região, o sistema corta custos e simplifica a administração do acesso à água, especialmente porque não há eletricidade. “Cada um tem seu lote e está fazendo sua própria plantaçãozinha, sua horta, por isso essa água é tão importante para a gente. Aqui tem a feira livre, e esse poço vai permitir plantar o alimento que vai ser vendido nas feiras livres. Essa água muda tudo para nós”.