Ikigai é uma palavra de origem japonesa que remete à busca pela razão de um indivíduo existir ou de ter longevidade. Há uma vasta literatura a respeito, origem do termo e outras informações.
Resumindo, e longe de requerer status de um especialista no assunto, o ikigai é composto de quatro partes: algo que gostamos de fazer, algo que somos reconhecidos como competentes em fazer, algo que somos remunerados por fazer e algo que faz bem para a humanidade, para o mundo.
Usualmente, conseguirmos atender os três primeiros requisitos da longevidade e isto já é um grande motivo de alegria. O quarto é bem mais difícil.
Quando o tema é ikigai, não são raros os pensamentos sobre o tema nas empresas, ou seja, a razão delas. O motivo de sua longevidade.
E aqui, falo sobre o segmento fotovoltaico, que consegue atender o quarto requisito de início. Atuar no mercado de energia solar é uma dádiva, todos temos a chance de fazer o bem para a humanidade, para o mundo.
Somente para citar, os demais três requisitos seriam normais para qualquer empresa continuar existindo. Mas, e esse quarto requisito, que parece ter sido dado como um presente para as empresas do nosso segmento, será que é para sempre?
No mercado local, os volumes de negócios são crescentes e vigorosos. Produtos com qualidade duvidosa, sem atender requisitos importantes de segurança circulam sem limites.
Se buscar a longevidade é uma expectativa do ser humano, também é para as empresas. Mas para tanto, nós, players desse mercado, temos que trabalhar com a atitude e o direcionamento corretos. Segurança e qualidade em primeiro lugar.
Competição saudável sim, mas cuidando para que a dádiva recebida de poder atuar para o bem da humanidade, fazer alguma diferença positiva para o mundo em que vivemos, não seja jogada no lixo. Desejo longevidade ao segmento fotovoltaico e a todos os seus players.