A dificuldade de aprovação de projetos e de homologação de pedidos de conexão de sistemas fotovoltaicos pelos consumidores do estado de São Paulo foi tema de reunião nesta semana entre o secretário Executivo da Casa Civil do Estado de São Paulo, Edilson Costa, a deputada estadual, Danila Azevedo, e membros da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).
A associação disse, em comunicado à imprensa, que o governo do Estado de São Paulo quer ampliar o compromisso de atuar com mais diligência e rigor nos casos recentes de restrição de acesso à GD solar nos telhados e pequenos terrenos, impostas atualmente pelas distribuidoras de energia elétrica que possuem concessão no estado paulista.
“O Secretário se mostrou muito sensível ao tema e solicitou a elaboração de uma nota técnica com detalhamento dos casos ocorridos e os impactos gerados. Assim, poderão dar prosseguimento aos devidos encaminhamentos”, comentou Guilherme Susteras, conselheiro e coordenador do grupo de trabalho de geração distribuída da associação.
GD solar: prejuízo de pelo menos R$ 3 bilhões
Levantamento realizado pela ABSOLAR apontou que as dificuldades no mercado de GD solar estão impactando financeiramente o mercado de geração distribuída. “A geração própria solar em residências, pequenos negócios e propriedades rurais tem sofrido restrições nos últimos meses por parte de várias distribuidoras no Brasil, com prejuízos à sociedade que somam, em apenas 30 dias, mais de R$ 3 bilhões ao País, devido às suspensões e cancelamentos das concessionárias de energia elétrica no Brasil”, disse a associação em nota.
Distribuidoras já cancelaram e suspenderam mais de 3 mil pedidos de conexão, diz ABSOLAR
O mapeamento da associação apurou mais de 800 casos em todo o Brasil, entre 14 de julho e o início de agosto deste ano. O levantamento mostra que há cerca de 1 GW em projetos represados pelas concessionárias de energia elétrica, num total de mais de 3,1 mil pedidos de conexão cancelados e suspensos no período.
“A ABSOLAR defende que o direito do consumidor, de gerar a própria energia, seja preservado e que o direito das empresas integradoras, de exercerem o seu trabalho, também seja garantido pelas autoridades e agentes do setor elétrico”, concluiu a associação.
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