As tarifas elétricas residenciais registraram aumento de 70% nos últimos oito anos, entre 2015 e 2022. A elevação supera uma inflação de 58% (IPCA) e de 9% no mercado livre de energia, no mesmo período, de acordo com uma recente pesquisa da Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia).
Em 2023, em Minas Gerais, a fatura deverá ficar 11% mais cara, de acordo com a Cemig, superando, e muito, os 5,96% previstos para o IPCA para o ano.
A alta resulta de diversos fatores, entre eles a liminar concedida pelo STF (Supremo Tribunal Federal) suspendendo o cálculo diferenciado na cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o setor de energia elétrica.
Em Minas, a tarifa sem os tributos atualmente é de R $0,653 por kWh consumido. Com os impostos, o valor passa para aproximadamente R$ 0,833 por kWh gasto.
Os mineiros também sentirão o impacto de outra norma. A ANEEL autoriza as empresas de energia elétrica a aplicar uma revisão tarifária a cada quatro anos, e em abril, a Cemig deverá divulgar em quanto ficará este aumento.
Ou seja, a tarifa de energia em Minas poderá superar, facilmente, o valor de R$ 1 por kWh, sem considerar a aplicação das “bandeiras tarifárias” usadas como forma de tentar inibir o consumo de energia elétrica nos meses de estiagem.
Neste cenário, o investimento em energia solar se torna cada vez mais atraente e acessível, com linhas de crédito generosas.
Do ponto de vista econômico, o dinheiro aplicado para a compra e instalação dos equipamentos começa a “se pagar” já no primeiro dia de uso, com payback de quatro a sete anos, dependendo do estado onde está instalado.
Como a vida útil das placas é de até 25 anos, o usuário pagará apenas a taxa de uso da rede de energia elétrica por um período de 18 a 21 anos.
Além disso, o excedente de energia produzida e não utilizada pode ser negociado com a própria empresa de distribuição local ou por meio de cooperativas, o que ajuda a reduzir o tempo de pagamento do montante investido.
Esta energia excedente pode ser usada até por quem não tem espaço para colocar as placas na propriedade. Por meio de cooperativas e planos de assinatura, é possível conseguir desconto médio na conta de luz de 10% a 20%, dependendo do contrato, desde que dentro da mesma área de concessão das operadoras.
Independentemente da solução escolhida para adotar a energia solar, o bolso e o planeta agradecem.
As opiniões e informações expressas são de exclusiva responsabilidade do autor e não obrigatoriamente representam a posição oficial do Canal Solar.
Uma resposta
Vida útil das placas 25 anos???
Este é o período da garantia de performance, ou seja período que o fabricante garante que o painel irá gerar acima de 80% da potência nominal da placa.
No caso da AE Solar, são 30 anos.
A partir deste período a placa continua gerando e depende da degradação do silício, material da célula fotovoltaica, e da qualidade da fabricação, para que não tenha aquecimentos, principalmente nas conexões entre células, que acelera a degradação.