Assim como tivemos a transição do policristalino para o monocristalino, estamos passando agora do mono PERC para o TOPCon. É o que afirmou Felipe Santos, diretor de Vendas LATAM da DAH Solar.
“No começo tem aquela barreira de conhecimento, mas as vantagens são imensas, principalmente para o consumidor residencial, onde consegue-se usar menos módulos”, disse o executivo, que esteve presente em evento realizado pela Bold Energy este mês, em Campinas (SP), com parceiros.
“Por exemplo, hoje um módulo de 550/555 W já vai para 575/580 W com a mesma dimensão. Então, traz uma grande vantagem para o sistema. Com o preço caindo, daqui a pouco já conseguimos encontrar uma zona de equivalência entre os custos. Acredito que ano que vem será o ano do TOPCon”, projetou Santos.
De acordo com ele, 2023 foi um ano difícil e atípico para o mercado. “Foi um ano de manutenção das relações, do contato junto aos clientes. Além disso, estruturamos nosso time local, tanto na área comercial, marketing e produto. Inclusive, iremos montar um escritório em Campinas (SP) no começo de 2024”.
Para o ano que vem, o especialista espera que o mercado tenha uma melhora. “Vai reagir mais conforme o consumidor final for tendo mais segurança no investimento. As condições macroeconômicas no país são relativamente boas”.
“Nosso principal foco em 2024 será trabalhar os módulos TOPCon, full-screen e o Solar Unit, a nossa grande aposta que combina todas as tecnologias disponíveis na DAH”, enfatizou o diretor.
Tecnologia full-screen e Solar Unit
Leonardo Rodrigues, gerente técnico LATAM da DAH Solar, também esteve presente no evento da Bold e comentou sobre a tecnologia full-screen, patenteada mundialmente pela DAH, que possui diversas vantagens em relação ao modelo standard.
“O modelo full-screen não possui moldura, visando maximizar a performance e produção de energia, o que diminui o acúmulo de sujidade e melhora o escoamento de água do módulo. Toda a linha da DAH tem essa condição full-screen, tanto para o modelo TOPCon e PERC”, explicou.
Conforme Rodrigues, a ideia é difundir ainda mais essa tecnologia para o mercado brasileiro, trazendo tais benefícios para os clientes finais e distribuidores. “Vemos as tecnologias migrando de células, por exemplo, para ter um ganho de 1,5% com as dopagens do silício. Só nessa mudança de frame que fizemos, tivemos um ganho comprovado de 6 a 15%, dependendo do local e angulação da instalação”.
“A tecnologia já está sendo disseminada no Brasil, está tendo uma ótima aderência. Acreditamos que o TOPCon veio para ficar e, juntamente com o full-screen, proporciona uma eficiência ainda maior no sistema”, ressaltou o especialista.
Parceria com Bold Energy
Durante o encontro, Felipe Santos discorreu ainda sobre a parceria com a Bold, que é estratégica e vista com bons olhos. “A companhia não só olha a parceria do ponto de vista comercial, mas também de qualidade, sustentabilidade e de entregar sempre para o cliente final, além da qualidade do produto, a segurança”.
“Começamos com os módulos standard, agora estamos trazendo para a companhia os painéis full-screen. Inclusive, também já começamos a trazer os TOPCon”, apontou.
José Salm, diretor da Bold, disse que o mercado fotovoltaico está passando por um ano desafiador de maneira bem sustentável, muito pela relação de confiança e parceria que estão construindo.
“Essa relação de parceria vem muito desses eventos que realizamos para estarmos próximos deles, e fazendo com que entendam que a Bold não é só uma relação de compra e venda, e sim uma empresa que quer sempre buscar ter a melhor relação de parceria. Não queremos ser a maior empresa, queremos ser a melhor”, enfatizou.
“Buscamos levar um pouco do que a Bold está vendo no mercado, as oportunidades a longo prazo, desafios e como todos nós podemos seguir crescendo. Ou seja, buscamos construir uma relação sólida, dentro dos três pilares: preço competitivo, qualidade no produto e relacionamento de longa data confiável”, reforçou o executivo.
Atualmente, a Bold tem uma estrutura comercial externa em algumas localidades como, por exemplo, no Sudeste, Centro-Oeste, Sul e agora na região Nordeste, com o objetivo de expandir os negócios.
“Estamos acreditando muito no último trimestre. Existe uma tendência de que o mercado deve voltar a aquecer. Ele não vai ter o volume que teve nos últimos anos, mas existem oportunidades que vão fazer com que o setor volte a expandir. No caso, teremos soluções bem interessantes para serem lançadas no primeiro trimestre de 2024”, concluiu.
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