A Prefeitura de São Paulo informou, nesta quinta-feira (21), que acionará a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e o TCU (Tribunal de Contas da União) contra a Enel-SP após um novo apagão deixar mais de 35 mil pessoas sem luz no Centro da cidade.
A queda de energia teve início na segunda-feira (18) e afetou não só moradores, como o funcionamento de hospitais, comércio e outras atividades. Até a noite de quarta-feira (20), bairros como Higienópolis, Santa Cecília, Consolação, Vila Buarque e Cerqueira César ainda estavam no escuro.
A Enel afirmou, em nota, que não vai se manifestar sobre o assunto e disse que utilizará geradores para abastecer o fornecimento dos consumidores que ainda não tiveram o seu fornecimento de energia restabelecido.
A concessionária afirmou que normalizou o fornecimento durante a manhã de terça-feira, mas que durante o restabelecimento, detectou um indicativo de nova falha. Assim, decidiu desligar os circuitos para nova intervenção.
Contratos da Enel serão analisados pelo TCM
Nesta quarta-feira (20), o TCM-SP (Tribunal de Contas do Município de São Paulo) anunciou a criação de um grupo de trabalho para analisar questões contratuais da Enel-SP.
O objetivo é contabilizar os prejuízos que foram gerados pelo apagão no Centro da cidade. O grupo contará com auditores e assessores dos gabinetes da Secretaria de Controle Externo para conduzir o estudo.
MME pede punição
Nesta semana, dois dias antes da Prefeitura de São Paulo informar que acionará a ANEEL e o TCU, quem também se manifestou contra a Enel-SP foi o MME (Ministério de Minas e Energia).
A Pasta encaminhou, na terça-feira (19), um ofício à ANEEL pedindo que haja uma “célere e rígida apuração dos fatos” ocorridos nesta semana, bem como uma “responsabilização e punição rigorosa da concessionária”.
Segundo o Ministério, a Enel-SP tem “de forma reiterada” apresentado problemas na qualidade da prestação dos serviços junto aos moradores da capital paulista e cidades da região metropolitana.
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