A Enel-SP segue com problemas para restabelecer o fornecimento de energia elétrica para os consumidores afetados pelo temporal que atingiu a Região Metropolitana de São Paulo na última sexta-feira (11).
A última atualização da distribuidora, divulgada na tarde deste domingo (13), aponta que cerca de 760 mil pessoas ainda encontram-se sem luz, o que representa um terço do total de 2,1 milhões de consumidores afetados.
Os bairros mais afetados são: Jabaquara, Campo Limpo, Pedreira e Jardim São Luís. Já os municípios mais impactados são: Cotia, com 62 mil clientes sem energia, São Bernardo do Campo, com 47 mil, e Taboão da Serra, com 44 mil.
A Enel-SP informou que segue trabalhando para restabelecer o fornecimento de energia o quanto antes e destacou que técnicos da empresa da unidade do Rio de Janeiro e do Ceará foram deslocados para ajudar nos trabalhos.
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Em nota, o Governo de São Paulo informou que as causas e eventuais responsabilidades pelo apagão serão investigadas pela ARSESP (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo) para as devidas providências junto à Enel-SP.
Além disso, o Procon-SP informou que também vai notificar a concessionária para que a empresa dê explicações sobre a demora para o restabelecimento da energia elétrica na região.
Já a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, disse neste sábado (12), que vai incluir o apagão no inquérito que investiga possíveis irregularidades no serviço prestado pela Enel-SP, uma vez que essa não é a primeira vez que os consumidores da Grande São Paulo ficam desabastecidos por um longo período de tempo.
Em fevereiro deste ano, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) aplicou uma multa de R$ 165,8 milhões à Enel-SP por falhas na prestação deste tipo de serviço, incluindo o apagão que deixou mais de 2 milhões de pessoas sem energia elétrica na Grande São Paulo (SP), em 3 de novembro de 2023.
Conforme noticiou o Canal Solar, a agência reguladora entendeu que a distribuidora descumpriu o contrato de concessão da rede elétrica paulista ao não garantir energia aos moradores afetados pelo temporal que atingiu a cidade.
Na época, uma estimativa da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) apontou que somente o comércio da Região Metropolitana de São Paulo teria deixado de arrecadar até R$ 126 milhões por causa da falta de energia.
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