Em abril deste ano, líderes mundiais participaram de uma reunião de cúpula e anunciaram suas metas de emissão para 2030.
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Com o intuito de fazer uma análise de tais propostas, a BNEF (BloombergNEF) publicou o relatório How COP26 Climate Pledges Compare in Run-up to Earth Day e apontou quatro métodos utilizados para comparar os compromissos assumidos pelas economias do G-20, que possuem bases e prazos diferentes.
Redução dos volumes de emissões
De acordo com o estudo, o Reino Unido, UE (União Europeia) e Brasil têm as metas mais ambiciosas para 2030, pautadas na redução dos volumes de emissões. O objetivo dos mesmos é limitar o aquecimento global a 1,5 °C – uma das finalidades do Acordo de Paris.
“Já os países em desenvolvimento – como a Turquia, Índia e China – podem cumprir seus planos para daqui a dez anos mesmo aumentando suas emissões substancialmente”, indicou a pesquisa.
Emissões por unidade do PIB
Outro ponto analisado pela BNEF é que as economias emergentes muitas vezes desenvolvem suas metas considerando emissões por unidade do PIB (Produto Interno Bruto) – o que pode promover a descarbonização sem impedir o crescimento econômico.
“Nesta perspectiva, o Reino Unido e a UE ainda aparecem nas duas primeiras posições. A China e a Índia avançam na classificação, mas seus planos não são agressivos o suficiente para garantir que o aumento na temperatura global não supere 2 °C”, disse o relatório.
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Emissões per capita
Segundo a BloombergNEF, os governos tendem a definir objetivos com base em emissões per capita se há expectativa de um crescimento populacional significativo. Considerando tal métrica, os compromissos de 15 países do G-20 resultariam em emissões mais baixas. “No entanto, apenas o total do Reino Unido está abaixo da nossa estimativa do nível necessário para o plano de 1,5 °C”.
Pontuações agregadas por país
Por fim, a BNEF criou um método baseado em pontuações agregadas por país. A pesquisa explica que, dependendo do nível de ambição, cada meta recebe uma pontuação entre zero e cinco para cada métrica. “Com base nisso, os 27 países da UE e o Reino Unido ficam no topo da lista”.