As importações de módulos fotovoltaicos em 2023 indicam uma estabilização no mercado de energia solar após um crescimento da ordem de 70% em 2022, podendo viabilizar investimentos superiores a R$ 60 bilhões.
Mesmo em meio a um cenário desafiador, os 17,5 GW nacionalizados em 2023 representam uma redução de apenas 1,7% em relação ao ano anterior, que se destacou pelos recordes alcançados no mercado brasileiro.
As informações foram divulgadas, nesta quinta-feira (15), pela Greener – uma das principais empresas brasileiras de pesquisa e consultoria sobre assuntos relacionados ao mercado de energia solar.
O estudo chama atenção também para uma aceleração de embarques de módulos nos últimos meses de 2023, já que no 4º trimestre as importações atingiram mais de 5 GW – o maior volume trimestral da série histórica da Greener.
Somente da China, o Brasil importou aproximadamente 4 GW entre novembro e dezembro, sendo que uma parte dos equipamentos ainda não chegou no país e deve refletir no volume nacionalizado no primeiro trimestre de 2024.
Geração distribuída e centralizada
Dos 17,5 GW importados pelo Brasil em 2023, cerca de 11,4 GW destinaram-se ao mercado de GD (geração distribuída), enquanto que os demais 6,1 GW foram para empreendimentos de GC (geração centralizada).
No primeiro segmento mencionado, o volume permaneceu elevado devido ao aumento da demanda por projetos de geração compartilhada e autoconsumo remoto de maior porte.
Já os projetos relacionados as grande usinas foram viabilizados, sobretudo, por meio de PPAs (Power Purchase Agreement) e contratos de autoprodução firmados entre 2020 e 2022.
Como o mercado solar evoluiu em 2023?
Apesar dos desafios vivenciados no ano passado (sobretudo no primeiro semestre), a Greener avalia que o mercado de energia solar brasileiro segue com ótimas perspectivas para os próximos anos.
A empresa aponta que no segmento de GD solar registrou o incremento mais de 8 GW na capacidade total da rede em 2023, que atualmente supera a marca de 26 GW em potência instalada distribuída.
“O Brasil fechou o ano de 2023 com 2,3 milhões de sistemas fotovoltaicos instalados. Além das unidades geradoras, pouco mais de 1 milhão de unidades consumidoras se beneficiam dos créditos de forma remota”, informa o estudo.
Já em relação à GC solar, a empresa de pesquisa e consultoria destaca que o mercado nacional testemunhou avanços no ano passado, mesmo em cenários de preços muito baixos.
“Em 2023, os grandes parques solares incorporaram 4 GW à matriz elétrica nacional, frente a 2,8 GW em 2022. O ano encerrou com uma capacidade instalada acumulada de 11,4 GW de potência solar centralizada e 7 GW de usinas solares em construção que devem entrar em operação ao longo de 2024 e 2025″.
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