O Brasil importou 5 GW em módulos fotovoltaicos da China no primeiro trimestre deste ano, segundo relatório publicado pela empresa de pesquisa e consultoria InfoLink Consulting.
De acordo com o estudo, as aquisições brasileiras corresponderam a cerca de dois terços das entregas realizadas nas Américas (7,6 GW) no período.
Além do Brasil, outros países que se destacaram no estudo e que apresentaram crescimento na importação de painéis solares nas Américas foram a Colômbia e o Chile.
“As aplicações de interconexão em massa antes da Lei 14.300, um novo marco regulatório desfavorável a projetos de geração distribuída que entrou em vigor em janeiro de 2023, devem impulsionar a demanda de módulos no Brasil no curto prazo”, destacou a InfoLink Consulting.
Em todo o ano passado, o Brasil importou 17.9 GW em módulos fotovoltaicos chineses, um crescimento de 58% em relação ao volume catalogado em 2021. O país foi no ano o segundo maior comprador de equipamentos chineses, atrás somente da Holanda.
Mercado mundial
Ao todo, as exportações de painéis solares da China totalizaram 50,9 GW no primeiro trimestre de 2023 em todo o mundo, com 29,5 GW direcionados para a Europa.
As importações do bloco europeu foram 77% maiores em relação ao mesmo período de 2022, sobretudo em razão da crise energética causada pela guerra da Rússia na Ucrânia.
Outro fator que contribuiu para o aumento dos volumes de importação foi o estoque estratégico dos fabricantes chineses na Europa antes da alta temporada.
Além da Holanda, o centro de transbordo na Europa, e da Alemanha, onde o crescimento da demanda sempre foi robusto, mercados recentemente como Espanha e Polônia, devem impulsionar o crescimento da demanda solar no continente em 2023.
Confira abaixo os números globais sobre importações de módulos fotovoltaicos da China no primeiro trimestre de 2023, segundo a InfoLink Consulting: