Brasil retrocede em ranking mundial de energias renováveis

País caiu quatro posições entre as nações com maior atratividade para implantação das fontes limpas
Energias renováveis
Estudo avalia os países com maior atratividade para implantação de fontes renováveis. Foto: Reprodução/Bulb Energia

O Brasil regrediu quatro posições no ranking mundial de energias renováveis, caindo do nono para o 13º lugar, em uma lista com 40 países. As informações constam na nova edição do RECAI (Índice de Atratividade de Países em Energia Renovável, na sigla em inglês), elaborado e recém-publicado pela Agência EY. 

Produzido desde 2003, o levantamento classifica todos os anos os 40 principais mercados do mundo em relação à atratividade de seus investimentos e oportunidades de implantação das energias renováveis, como solar e eólica. 

Nesta edição, os Estados Unidos e a China permaneceram em primeiro e segundo lugar de interesse, respectivamente. Na sequência, aparecem o Reino Unido e a Alemanha, que continuam a avançar; a França, que caiu uma posição (de quarto para quinto); a Austrália, que sobe uma casa para o sexto lugar; e a Índia, que caiu do terceiro para o sétimo lugar. 

A frente do Brasil ainda aparecem: o Japão, que permanece em oitavo, a Espanha e Holanda, que sobem uma posição, ocupando o nono e décimo lugares, respectivamente, seguidos por Dinamarca e Irlanda, na 11ª e 12ª colocação. 

Apesar do resultado negativo, o Brasil ainda segue sendo o primeiro país latino-americano a aparecer no ranking de energias renováveis, à frente de nações como o Chile e Argentina, que caíram duas posições, e encontram-se hoje na 24º e 27º colocação, respectivamente. 

“A geração e capacidade de energia renovável do Brasil excede em muito a de outros mercados latino-americanos, mas outros países estão dando passos importantes para avançar suas indústrias renováveis”, dizem os analistas do estudo.

Conclusões 

Os países que mais avançaram na classificação RECAI foram a Áustria, cujo governo se comprometeu a contribuir com US$ 264 milhões para apoiar o desenvolvimento de energias renováveis ​​e facilitar o processo de autorização de projetos renováveis, e a Finlândia, que aprovou um modelo de leilão para arrendamento de águas públicas para desenvolvimento eólico offshore de 2023-24.

RECAI
Ranking da 59ª edição do RECAI. Foto: Agência EY

Em contrapartida, a Índia é o país que mais tem se destacado negativamente e ficando cada vez mais para trás. Segundo o relatório, isso ocorre porque o setor eólico do país está lutando para acompanhar o crescimento explosivo do setor solar e é improvável que atinja sua meta de instalação de 60 GW até 2022.

O relatório explora como as novas tecnologias renováveis e os combustíveis verdes têm o potencial de reduzir substancialmente a participação do gás na geração de energia. Especificamente nesta nova edição, o relatório chegou às seguintes conclusões:

  • As tecnologias emergentes e combustíveis verdes serão fundamentais para reduzir a dependência global do gás;
  • A energia solar e eólica flutuante tem o potencial de se popularizar à medida que a demanda por novas fontes de energia renovável cresce;
  • A América Latina é um mercado de energia verde a ser observado se pode superar os atuais obstáculos ao crescimento.
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Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

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