Um levantamento recém-divulgado pela ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) aponta que o Brasil ultrapassou a marca de 600 mil unidades consumidoras com geração própria de energia a partir da fonte solar.
Em números absolutos, os consumidores residenciais aparecem no topo da lista, com 74,9% do total de unidades consumidoras. Em seguida, vem os setores de comércio e serviços (15,5%), produtores rurais (7,0%), indústrias (2,3%), poder público (0,4%) e outros tipos, como serviços públicos (0,03%) e iluminação pública (0,01%).
Além disso, a geração própria de energia solar já está presente em 5.297 municípios e em todos os estados brasileiros. Entre os cinco municípios líderes estão Cuiabá (MT), Brasília (DF), Uberlândia (MG), Teresina (PI) e Rio de Janeiro (RJ), respectivamente.
Desde 2012, a modalidade representa mais de 5,5 GW de potência instalada operacional, sendo responsável por atrair mais de R$ 28 bilhões em novos investimentos e gerar mais de 166 mil empregos no país.
No entendimento da ABSOLAR, embora tenha avançado nos últimos anos, o Brasil continua atrasado no uso da geração própria de energia. “Dos mais de 86,3 milhões de consumidores de energia elétrica do país, menos de 0,7% já faz uso do sol para produzir eletricidade, limpa, renovável e competitiva”, destaca a associação.
Marco Legal
Para a ABSOLAR, a aprovação do Marco Legal da modalidade será o melhor caminho para evitar retrocessos e democratizar a geração própria no Brasil. O Marco Legal está pronto para votação na Câmara dos Deputados, por meio do Projeto de Lei (PL) nº 5.829/2019, de autoria do deputado federal Silas Câmara e relatoria do deputado federal Lafayette de Andrada.
“A energia solar terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento econômico e ambiental do país, sobretudo neste momento, para ajudar na recuperação da economia após a pandemia, já que se trata da fonte renovável que mais gera empregos no mundo”, disse o presidente da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia.
“A energia solar tem ajudado a baratear a conta de luz de todos os brasileiros com a redução do uso de termelétricas fósseis, caras, poluentes e responsáveis pela bandeira vermelha, além de reduzir as perdas elétricas e os investimentos em infraestrutura, que também são cobrados nas faturas de energia”, comentou o presidente do Conselho de Administração da entidade, Ronaldo Koloszuk.