O Governo do Ceará e a empresa Cactus Energia Verde assinaram, nesta segunda-feira (7), um memorando de entendimento visando a instalação de um empreendimento para produção de hidrogênio e oxigênio verde na ZPE (Zona de Processamento e Exportação) do Complexo Portuário do Pecém, em São Gonçalo do Amarante (CE).
A planta da Cactus, com previsão de construção para início de 2023, terá capacidade para produzir 10,5 mil toneladas de hidrogênio e 5,25 mil toneladas de oxigênio verde por mês.
O investimento estimado é de aproximadamente € 5 bilhões, algo em torno de R$ 30 bilhões.
O local em que a usina será instalada conta com uma área de até 250 hectares e deverá gerar cerca de 5 mil empregos diretos durante sua construção e manutenção, além de outros 600 postos de trabalho em sua fase de operação.
Para produzir o hidrogênio e o oxigênio verdes, a empresa vai utilizar 3,6 GW de energia limpa de fontes renováveis, que terá como matriz a produção do Parque Fotovoltaico Uruquê, de capacidade para produzir 2,4 GW de energia, a ser instalado nos municípios de Jaguaretama e Umari, e o Parque Eólico Offshore (que também teve seu memorando de entendimento assinado), com potencial de produção de 1,2 GW de energia, localizado em Camocim (CE).
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Além do novo complexo para produção de hidrogênio e oxigênio verde, o Ceará aos poucos vem se destacando por seus potenciais naturais e infraestrutura criada para fomentar o uso de energias renováveis em seus municípios.
O estado, por exemplo, é o 5º com maior volume de potência instalada solar em 2022, com pouco mais de 10 MW instalados, ficando atrás somente de Minas Gerais (38,7 MW), São Paulo (20 MW), Rio Grande do Sul (18,1 MW) e Pará (13 MW).