De acordo com levantamento realizado pela Cemig, foram registrados 3.650 colisões de veículos em postes da companhia no estado de Minas Gerais.
Esses acidentes prejudicaram o fornecimento de energia para mais de 1,3 milhão de clientes da empresa. A média é de dez colisões de carros em postes por dia na área de concessão da mesma, que abrange 774 cidades mineiras.
Apenas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a Cemig registrou 647 ocorrências, que interromperam o fornecimento de eletricidade para cerca de 335 mil pessoas.
Marcelo Roger da Silva, gerente de Expansão e Manutenção Preventiva da Média e Baixa Tensão da Distribuição Metropolitana da Cemig, faz um alerta: “Quando há fios caídos no chão, é possível que, ao sair do automóvel, a pessoa sofra um choque elétrico, que pode ser de até 13 mil volts, caso seja uma rede de média tensão”.
“O único caso em que a pessoa deve deixar o veículo imediatamente é em situações de incêndio. Nessas ocasiões, se for necessário sair, a pessoa nunca deve tocar a estrutura do automóvel e no solo em simultâneo, porque ele se tornará o caminho entre a corrente elétrica e o solo. Isso pode ser fatal ou causar queimaduras gravíssimas”, explicou.
A empresa ressaltou ainda que quando um poste é danificado, uma equipe de emergência é deslocada para avaliar a situação e definir as ações que deverão ser realizadas.
“Geralmente, os serviços são complexos e demandam tempo e diversas equipes, pois envolvem o isolamento da área afetada, a retirada do carro e a substituição ou reconstrução do poste quebrado e da rede elétrica, o que traz transtornos ao trânsito e à população”, afirmou o especialista.
Em diversas ocorrências, a companhia apoia o poste derrubado pela colisão temporariamente com uma peça de madeira – procedimento técnico que deixa a estrutura com resistência semelhante ao estado original.
Custos
A Cemig informou que o motorista causador do acidente tem prazo de até 60 dias para ressarcir os danos causados à rede. Somente a estrutura do poste custa, em média, cerca de R$ 4 mil. Esse valor pode subir para até R$ 10 mil em caso de danos a equipamentos, como transformadores e religadores.