Você sabia que o Brasil é líder mundial em registros de descargas atmosféricas, com uma média de 80 milhões de eventos por ano? A probabilidade de alguém ser atingido por um raio é muito baixa, menor que 1 para 1 milhão. No entanto, se a pessoa estiver em área descampada, sob uma tempestade forte, esta probabilidade pode aumentar em até mil vezes (chegando a 1 para mil).
Em São Paulo, por exemplo, a quantidade de descargas atmosféricas vem aumentando. Foram contabilizados 44,8 mil descargas no ano passado, contra 28 mil em 2018 – uma alta de 60%, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Mas quando falamos de sistemas fotovoltaicos, como a incidência de raios está relacionada? A instalação de um sistema solar vai muito além, por exemplo, do que apenas dimensionar a quantidade de módulos e inversores com o intuito de produzir a quantidade de energia necessária para compensar o consumo da conta de luz. Como qualquer outra instalação elétrica, devem-se tomar alguns cuidados com a proteção de equipamentos e de pessoas que frequentam o local, minimizando ou até mesmo eliminando eventuais riscos ligados à eletricidade. É aí que entra a importância do DPS (Dispositivo de Proteção contra Surtos).
O uso de DPS em sistemas fotovoltaicos tem como objetivo evitar que a descarga atmosférica direta ou indireta cause efeitos nefastos na instalação.
Para a proteção completa dos equipamentos deve haver pelo menos um DPS entre o arranjo fotovoltaico e o inversor e pelo menos um DPS entre o inversor e a rede elétrica. Essa topologia protege o inversor tanto de descargas no arranjo fotovoltaico como sobretensões advindas da rede externa à instalação.
“O uso do DPS, além de obrigatório pela norma, é muito inteligente porque é um componente de baixo custo – um DPS de boa qualidade custa em torno de R$ 200 a R$ 300, no máximo. Pensando no quesito facilidade, sabemos que existem alguns inversores que têm o DPS interno.
Nesses casos, deve-se avaliar se o DPS interno possui o nível de proteção adequado para a situação que será enfrentada. É preferível sempre também ter a opção do DPS substituível, para caso haja a queima do inversor”, explica Mateus Vinturini, especialista em sistemas fotovoltaicos do Canal Solar.
Vinturini diz ainda que o uso do DPS no Brasil não é muito levado a sério, situação que não deveria acontecer, já que isso é a causa de vários equipamentos queimados. “Não faz sentido economizar e correr esse risco.
Se economizo, vou ter o risco de ter uma descarga atmosférica que vai danificar o meu inversor. Não faz sentido a economia em não se usar DPS diante do tempo e do custo, principalmente do tempo, de se arranjar outro inversor ou de levá-lo para uma troca”, concluiu.
Mercado
Já existem dispositivos DPS próprios para sistemas fotovoltaicos, compatíveis com suas tensões típicas de operação e com terminais elétricos para a conexão dos dois polos no mesmo dispositivo.
Sendo assim, entre os DPS disponíveis no mercado, a empresa alemã Weidmuller possui uma linha que se destaca no setor.
“Possuímos uma linha de DPS de alta qualidade e confiabilidade na categoria de sistemas de energia, atendendo todas as normas. Para aplicação solar, temos versões de 1 kV e 1,5 kV que apresentam características como protetores plugáveis e substituíveis, com rápida ação de troca sem a necessidade de desconexão dos fios na base; indicação do status da queima, com fácil visualização da cor verde ou vermelha no próprio DPS; contatos para comunicação, com supervisão remota da situação do DPS; e novos dispositivos com classe I+II, garantindo uma melhor segurança para os equipamentos e instalações”, explica Wagner Ogura, gerente de Mercado de Energia da Weidmuller.
Ogura enfatiza ainda a importância do uso de DPS, já que o Brasil é um país com grande incidência de raios durante todo o ano.
“As plantas solares, sejam elas de grande, médio ou de pequeno porte, ficam suscetíveis a serem atingidas por surtos de tensão que acabam danificando toda a instalação do sistema. Pensando nisso, a Weidmuller vem trazendo segurança em suas aplicações, sendo ela na aplicação solar fotovoltaica ou em outra instalação elétrica com os DPS de fabricação própria”.