Atualmente, o Brasil conta com mais de 73 GW de capacidade instalada nas fontes solar e eólica, sendo duas das fontes que mais crescem no país. Para Octavio Brasil, gerente da CAS Tecnologia, a utilização de redes inteligentes, ou smart grids pode facilitar a integração destas fontes na rede elétrica.
Ele destaca que, se tratando de uma gestão de consumo e demanda instantânea, as redes inteligentes possibilitam uma gestão mais eficaz tanto da medição quanto da oferta de energia, permitindo rápidos ajustes e aprimorando o planejamento. Esses fatores são importantes em sistemas com energias intermitentes, como são a solar e a eólica.
“A implementação de smart grids, em conjunto com o crescimento de fontes de energia renovável, representa um marco significativo na evolução do sistema elétrico. Ao integrar tecnologias avançadas de monitoramento, controle e automação, as smart grids capacitam e proporcionam confiança, inclusive aos empreendedores do setor, em prol de uma transição gradual e consistente para uma matriz energética mais sustentável e limpa”, afirma.
“A combinação dessas tecnologias, presentes em etapas que se complementam do processo elétrico, permite uma gestão inteligente e adaptável da oferta e demanda de energia, maximizando o potencial das fontes renováveis, como energia solar, eólica e hidrelétrica, enquanto garantem a estabilidade e a confiabilidade do fornecimento da rede elétrica”, completou.
Benefícios das redes inteligentes
O gerente da CAS Tecnologia afirma que a implementação das smart grids pode melhorar a confiabilidade e a resiliência da rede elétrica, reduzindo o risco de falhas e interrupções no fornecimento de energia. Além disso, a implementação dessas redes inteligentes gera uma redução nos custos de operação.
“A automação e a otimização proporcionadas pela smart grids podem gerar uma redução de custos operacionais para as concessionárias de energia, o que pode eventualmente trazer benefícios para os consumidores. É importante frisar que, com as informações detalhadas deste consumo, para fornecedores e consumidores de energia, a população pode tomar decisões mais conscientes sobre o uso de energia, o que pode levar a uma redução no consumo global e a uma maior eficiência energética”, complementa.
Com relação à integração de tecnologias emergentes, Brasil explica que as smart grids podem servir como uma plataforma para a integração de novas tecnologias, como a evolução de sistemas de armazenamento de energia e veículos elétricos, tornando a rede elétrica mais adaptável e preparada para o futuro.
“Ao criar uma infraestrutura flexível e interconectada, as smart grids não apenas facilitam a integração dessas tecnologias inovadoras, mas também catalisam o desenvolvimento de um ecossistema energético inteligente e adaptável, capaz de atender as demandas em constante evolução”, finaliza.
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