A filial da distribuidora Enel no Rio de Janeiro afirma ter registrado 150 mil furtos de energia elétrica – também conhecidos como “gatos de luz” – no estado durante o ano de 2023.
O levantamento da empresa, divulgado na última sexta-feira (17), indica que a maior parte dos casos de furto de energia se deram nas chamadas “áreas de risco”. Termo referente a regiões que apresentam risco elétrico, situações ou condições que envolvem eletricidade e que têm o potencial de causar danos à vida humana, danos materiais ou outros tipos de perigos.
Esses riscos podem ser provenientes de instalações elétricas deficientes, equipamentos danificados, falta de isolamento adequado, áreas confinadas e úmidas, e/ou não conformidade com normas e regulamentos.
Atualmente, cerca de 15% dos consumidores da distribuidora no estado estão presentes nessas áreas de risco.
A companhia diz estar impedida de exercer a fiscalização dos sistemas de energia para evitar algum tipo de risco à vida dos clientes nessas regiões.
As ocorrências foram mais comuns no município de Magé, que teve 23 mil casos de roubo de energia, cerca de 15% de todos os acontecimentos. Duque de Caxias e São Gonçalo fecham o top 3 com 18 mil e 16 mil ocorrências, respectivamente.
“Para combater o furto de energia, a companhia segue firme nas ações de fiscalização, em parceria com o poder público”, afirmou a Enel.
Impactos do roubo de energia
Casos de desvio de energia elétrica contribuem para o encarecimento da conta de luz para todos os consumidores. Dados do ano passado indicaram que quase 15% da energia do país é fruto desses “gatos de luz”
As áreas de risco representam mais da metade da energia furtada na área de atuação da concessionária no estado. Em média, 3 a cada 4 moradores dessas regiões desviam energia. Nestas regiões em Niterói e São Gonçalo, os casos de furto representam 95% de toda a energia distribuída.
De acordo com a Enel, a concessionária recuperou 355 GWh de energia em 2023. Volume equivalente ao consumo anual de cerca de 167 mil residências.
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