O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial no país, acelerou 0,87% em agosto, após ficar em 0,96% em julho. Trata-se do maior resultado para o mês desde o ano 2000 (1,31%).
A inflação foi puxada pela alta no preço de oito dos nove segmentos analisados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), entre eles o de habitação, por causa do aumento de 1,1% no preço da energia elétrica.
O resultado obtido pelo setor é uma consequência direta dos reajustes tarifários de 9,60% e de 8,92% praticados em Vitória e em Belém, ambos a partir de 7 de agosto.
A alta também foi puxada pela contribuição residual referente ao reajuste de 11,38% em uma das concessionárias em São Paulo, em 4 de julho.
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Além disso, a bandeira tarifária vermelha, no patamar 2, que adicionava R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos nos meses de julho e agosto, também foi um dos fatores justificáveis para o aumento inflacionário.
Vale ressaltar, no entanto, que a alta de 1,1% é menor do que a registrada em julho, quando o setor foi o principal fator de causa inflacionaria do país, ao atingir a 7,88% de aumento na comparação a junho.
Números gerais
Com a nova atualização, o IPCA acumula agora alta de 5,67% em 2021 e, nos últimos 12 meses, de 9,68%, um valor acima dos 8,99% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto do ano passado, a variação mensal foi de 0,24%.
A maior variação (1,46%) veio dos segmentos de transportes, por causa da alta de 2,96% no preço dos combustíveis, acima da registrada no mês anterior (1,24%). No mês, a gasolina subiu 2,8%. Os demais combustíveis também subiram: etanol (4,50%), gás veicular (2,06%) e óleo diesel (1,79%).
Para fazer o cálculo, o IBGE comparou os dados dos preços coletados no período de 29 de julho a 27 de agosto de 2021 com os preços vigentes entre 29 de junho a 28 de julho de 2021.
Confira abaixo o resultado de cada um dos setores pesquisados em agosto:
- Alimentação e bebidas (1,39%)
- Habitação (0,68%)
- Artigos de residência (0,99%)
- Vestuário (1,02%)
- Transportes (1,46%)
- Saúde e Cuidados Pessoais (-0,04%)
- Despesas Pessoais (0,64%)
- Educação (0,28%)
- Comunicação: (0,23%)