O CNN Talks debateu na última segunda-feira (11), em São Paulo (SP), o futuro da infraestrutura do Brasil. O evento abordou assuntos sobre transporte, energia e saneamento.
O evento reuniu autoridades do setor de logística, além do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho e do vice-governador de Minas Gerais, professor Mateus Simões. Também teve a participação de empresários do setor de infraestrutura, como Antonio Scala, country manager da Enel Brasil, e Radamés Casseb, CEO da Aegea.
Mateus Simões, vice-governador de Minas Gerais, comentou sobre o panorama da infraestrutura no estado, com ênfase na expansão da malha de transportes e no avanço significativo da energia fotovoltaica na região.
“Do ponto de vista de infraestrutura logística nós estamos exatamente no centro de conexão entre o Nordeste e o Sul, entre o litoral e o Centro-Oeste, então a maior parte da malha rodoviária do Brasil, do ponto de vista de estado, está em Minas Gerais”, afirmou.
O vice-governador comparou o desempenho do estado ao que o “Nordeste fez no passado com a produção de energia eólica” em relação a geração de energia solar.
“Somos o maior produtor de energia fotovoltaica do Brasil, a matriz mais limpa do país, praticamente não temos nenhuma fonte que não seja renovável de energia”, completou.
Além disso, Simões também defendeu a relevância de eventos que reúnam representantes do setor. “É uma oportunidade de a gente questionar algumas das premissas de decisão pública que a gente toma, mas também de apresentar algumas teses novas para serem debatidas publicamente.”
Outros temas debatidos no evento
O governador de São Paulo, Tarcisio Freitas, comentou sobre a privatização da Sabesp no painel de abertura do CNN Talks, que segundo ele contará com a participação do governo, mesmo com a venda para a iniciativa privada.
Segundo Tarcísio, são esperados investimentos acima de R$ 60 bilhões. E deve ter mais leilões em breve e defendeu mais investimentos privados.
“O Brasil cresceu muito na questão de infraestrutura, principalmente no que diz respeito à elaboração de projetos. Esses projetos, hoje, chegam no exterior e conseguem mobilizar capital e mobilizar interesse”, comentou.
“Acho que vamos ter nos próximos anos uma quantidade de leilões muito grande e muito investimento chegando, gerando emprego, fazendo a diferença, deixando legado”, ressaltou.
Já no debate com o ministro dos Portos e Aeroportos, ele comentou sobre o futuro do transporte no Brasil, e falou sobre as contribuições que a pasta pretende levar para a logística brasileira, incluindo investimentos no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
O ministro ainda citou os planos para o Porto de Santos, que deve receber aporte de R$ 12,6 bilhões do governo federal até 2028.
O ministro afirma que todos os conjuntos de investimentos no Porto de Santos são estratégicos. “O Porto representa mais de 30% da rota de exportação. Precisamos criar uma visão mais regionalizada dos portos”, ressaltou.
“Vivemos um momento de crescimento do agronegócio, crescimento na economia brasileira e na necessidade de escoamento da produção. Na próxima semana, vamos anunciar um investimento de mais de R$ 2 bilhões para o Aeroporto de Congonhas”, concluiu.
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