A Faro Energy e o Santander estruturaram um financiamento de R$ 105,8 milhões para a instalação de 22 centrais fotovoltaicas em sete estados brasileiros (Ceará, Pernambuco, Paraíba, Piauí, Tocantins, Rio Grande do Norte e Distrito Federal).
O acordo, firmado na modalidade project finance, utilizada para o desenvolvimento de grandes investimentos de infraestruturas, onde o fluxo de caixa gerado pelo projeto é a principal fonte de pagamento do serviço e da amortização do capital de terceiros, foi avaliado e certificado pelo Bureau Veritas como uma operação de “Título Verde” de acordo com os critérios da Climate Bond Initiative.
A transação é um dos maiores financiamentos do setor de GD (geração distribuída) apenas com garantias dos próprios projetos, em uma estrutura conhecida como non-recourse – sem onerar o balanço do acionista do projeto – utilizada internacionalmente.
Ao todo, os projetos preveem gerar 68 mil MWh anualmente. É estimado que os projetos criem empregos diretos e indiretos, com a qualificação de mão de obra local, tanto na fase de construção, quanto na fase operacional.
Ainda de acordo com a Faro, a proximidade com o consumidor final permitirá uma redução de perdas no transporte de energia elétrica de quase 10 mil MWh/ano, aliviando o sistema de transmissão de energia.
Segundo Pedro Araújo Mateus, CEO da Faro, este é o maior título verde da empresa e um dos maiores do Brasil em geração solar distribuída. “Realizar uma operação desta dimensão é muito importante para a Faro Energy e para o setor como um todo, o que demonstra que é possível fazer grandes emissões de dívida desde que tenhamos contratos bem estruturados com os nossos clientes, além de grande rigor técnico na construção e operação dos projetos”, comentou.
“Esta operação é um marco importante nesse sentido, e reflete o crescente interesse do mercado em dar maior escala às tecnologias de geração distribuída”, afirmou Mark Laabs, CEO da Modern Energy, empresa controladora da Faro Energy.