O financiamento solar continua avançando, apoiando 57% das vendas efetuadas, sendo importante alavanca para crescimento do setor fotovoltaico. É o que apontou levantamento realizado pela Greener, empresa de consultoria e pesquisa.
De acordo com o Estudo Estratégico de Geração Distribuída: 2º Semestre de 2021, 40 instituições financeiras foram citadas no ano passado, um crescimento em relação às 11 mencionadas em 2016.
Em primeiro lugar, como o banco mais citado, aparece o BV (43%), seguido do Santander (36%), Sicredi (24%), Solfácil (23%), Banco do Brasil (22%), Sicoob (20%), Bradesco (10%), BNB (7%) e as demais instituições (14%). “Casos de pagamento à vista diminuíram com o passar dos anos, dando espaço justamente para o financiamento bancário”, ressaltou a Greener.
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Importação de módulos
Outro destaque do estudo é referente ao volume de módulos fotovoltaicos demandados pelo mercado brasileiro em 2021 para atender a geração solar (geração distribuída + centralizada). Ao total, foram importados 9,7 GW, alta de 100% frente a 2020, que alcançou 4,77 GW. “Observamos uma forte aceleração do volume de módulos no quarto trimestre do ano passado, indicando otimismo do mercado para 2022”, apontou a consultoria.
Este volume de 9,7GW representou participação de 5,6% da demanda mundial de painéis solares em 2021, que foi de 172,6 GW, segundo a PV Infolink. Um importante crescimento considerando que em 2017 essa participação representava 0,9%.
Importação de inversores
Já o volume de inversores importados até novembro de 2021 foi de 8,99 GW, alta de 130% em relação ao mesmo período de 2020, que obteve 4,95 GW. Ao longo do ano passado, os inversores de maior porte se destacaram com média de 50% do volume total importado da tecnologia string. Os de menor potência tem se mantido estável.
Preços do sistema FV
Os preços dos sistemas fotovoltaicos tiveram elevação média de 8% em 2021. No geral, as usinas solo com tracker apresentam incremento de 6 a 8% no valor final em relação às instalações ao solo com estruturas fixas, que apresentam elevação de 9 a 12% sobre as instalações no telhado.
Segundo a Greener, a restrição da cadeia produtiva mundial, somada à disparada dos preços do frete e à valorização do dólar, impactaram diretamente os custos dos módulos em 2021. Em contrapartida, a expressiva entrada de novos players e a alta competitividade do mercado foram fatores que atenuaram o aumento dos preços ao consumidor final.
Outros destaques
A classe residencial se destaca no avanço da geração distribuída, representando 54% do volume adicionado em 2021, ao passo que a classe comercial foi responsável por 27%. “A permanência do trabalho remoto, a energia elétrica mais cara e o maior acesso ao financiamento podem ser fatores decisivos na escolha da GD pelos consumidores residenciais nos próximos meses”, disse a Greener.
Para o segmento comercial, a questão da confiança foi fator fundamental na escolha da empresa integradora, mostrando que a credibilidade e a indicação de clientes satisfeitos são indicadores importantes para a geração de negócios. Na sequência, o preço também se mostrou fator decisivo para o consumidor comercial.
Sobre o estudo
A Greener entrevistou 3.767 empresas Integradoras no período de 14 de dezembro de 2021 a 17 de janeiro de 2022. A pesquisa contou com uma amostra de empresas de todo o país, de todos os portes e idades, obtendo assim uma ampla diversidade do mercado de integração fotovoltaica.
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