A EDP, empresa que atua em todas as áreas de negócios do setor elétrico brasileiro, registrou em 2022 um EBITDA (lucro antes de taxas, impostos, depreciação e amortização) de R$ 5,3 bilhões, aumento de 22% em relação a 2021.
O lucro líquido reportado foi de R$ 1 bilhão, reflexo do reconhecimento da imparidade de R$ 1,2 bilhão em Pecém, “fato já oportunamente comunicado e que não impactará a capacidade da empresa na geração de caixa, no pagamento das dívidas ou obrigações financeiras e no atendimento à política de dividendos”.
Na estratégia de crescimento em energia solar, a geração distribuída remota compartilhada se consolidou como o foco da EDP neste segmento devido aos seus avanços e resultados.
A companhia desenvolveu um modelo de negócio para implementar fazendas solares que contribui para levar energia limpa e economia para pequenas e médias empresas. “Com a resposta positiva do mercado, o objetivo é expandir as unidades produtoras a regiões atendidas em 2023.
Também em 2022, a EDP anunciou um novo projeto fotovoltaico de larga escala com capacidade de 255 MWac e previsão de entrada em operação em 2024. Com essas ações, a mesma encerrou o ano com cerca de 450 MWac em seu portfólio, um avanço significativo rumo à meta de 1 GW de geração solar no Brasil até 2025.
Distribuição
Em distribuição, o ano foi marcado pela ampliação dos investimentos, que resultaram na adição de 10 novas subestações às áreas de concessão da empresa em São Paulo e no Espírito Santo.
A fim de concretizar sua estratégia de possuir um portfólio mais balanceado de geração, ou seja, com menos exposição aos riscos hidrológicos, a empresa realizou a venda da Usina de Mascarenhas.
Segundo o ranking nacional da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), são da EDP as duas melhores geradoras do país – Enerpeixe e Lajeado. No quesito financeiro, o ano foi marcado pela reestruturação da dívida de Pecém com taxas competitivas de mercado.
Adicionalmente, a usina do Ceará foi pioneira ao produzir a primeira molécula de hidrogênio verde da América Latina, por meio de um projeto de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento).
Transmissão
Em transmissão, a companhia afirmou que a aquisição da EDP Goiás se concretizou em tempo recorde. Em menos de 100 dias o processo de transição foi concluído permitindo a integração de 100% do ativo aos sistemas da EDP.
A entrega antecipada de lotes de transmissão foi mantida em 2022 com a conclusão de obras em diversos estados. A energização das linhas representa 90% da RAP total do portfólio.
No último trimestre, a empresa avançou também com um novo investimento, ao vencer o lote 2 do último leilão realizado pela ANEEL. Localizado em Rondônia, este é o segundo empreendimento da EDP no estado, uma linha de 188 km de extensão que ligará as cidades de Porto Velho a Abunã.
“É com grande orgulho que apresento os resultados gerados pela EDP em 2022. Nossas entregas são coerentes, sólidas e totalmente aderentes ao nosso Plano de Negócios para geração de valor”, destacou João Marques da Cruz, CEO da EDP Brasil.
“A excelência na execução e a eficiência operacional permitiram que tivéssemos conquistas significativas em cada uma das nossas áreas de atuação. Por tudo isto, agradeço às quase 12 mil pessoas que constroem a EDP a cada dia e estou confiante de que 2023 será um ano desafiador e relevante para a nossa estratégia de crescimento, que tem sempre como base a sustentabilidade e a excelência”, finalizou.