Segundo dados preliminares do Boletim InfoMercado Quinzenal da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), em fevereiro houve um crescimento de 74,7% na geração solar e 45,4% na produção de energia eólica.
Referente as hidrelétricas, as mesmas seguem aumentando a produção de eletricidade para o Sistema SIN (Interligado Nacional), graças ao ciclo chuvoso bastante favorável. No mês anterior, estas usinas entregaram 57.474 MWmed para a rede, volume 1,7% maior no comparativo anual. Tal cenário ajudou a reduzir em 37,9% o despacho das termelétricas.
Consumo de energia
A CCEE apontou que, em fevereiro, o Brasil consumiu 69.522 MWmed de energia elétrica, volume 1,6% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. Houve crescimento de 2,3% no mercado livre. No ambiente regulado, a alta foi de 1,1%.
Especificamente no regulado, os painéis solares instalados em residências e empresas foram responsáveis por atender parte da demanda que viria da rede elétrica. O avanço no segmento, caso não houvesse a geração distribuída, seria de 4,1% frente ao mesmo mês de 2022.
Consumo por região
Na avaliação regional, os maiores aumentos, na comparação com o mesmo período do ano passado, foram observados no Maranhão (42,2%), em Rondônia (8,9%) e Pará (7,2%).
De acordo com a Câmara, o avanço é uma combinação de menos chuva e temperaturas mais altas, cenário que aumenta a necessidade do uso de aparelhos de ar-condicionado. Mas também houve um efeito importante da maior demanda de alguns setores que compram energia no mercado livre.
Exportação
Ainda no mês passado, o Brasil exportou 1.086 MWmed de energia elétrica para a Argentina e 353 MWmed ao Uruguai. Pela contabilização do setor, a venda de excedentes para países vizinhos é registrada como um “consumo” no segmento de Serviços. Levando em consideração esse efeito, o volume consumido total teria crescido em 3,7% frente ao mesmo mês do ano passado.