Depois de dobrar de potência em 2022 no segmento de geração própria de energia, passando de 8,5 GW em dezembro de 2021 para 17 GW nos doze meses seguintes, o Brasil deve manter o crescimento acentuado nesse segmento em 2023.
A expectativa, divulgada pela ABGD (Associação Brasileira de Geração Distribuída), é que o setor acrescente cerca de 8 GW de potência instalada. A previsão foi anunciada durante participação dos executivos da entidade no Energyear Brasil 2023, realizado nos dias 8 e 9 de fevereiro em São Paulo.
Guilherme Chrispim, presidente da ABGD, destacou durante o painel sobre o cenário e os desafios da geração distribuída que a tendência dessa modalidade é manter o crescimento contínuo nos próximos anos, mesmo com os desafios regulatórios enfrentados atualmente, em especial na regulamentação da lei 14.300.
“O Brasil deve colocar cerca de 8 GW em potência de GD neste ano. Em números absolutos, devemos ter um cenário de crescimento muito parecido com o que foi no ano passado, mas há alguns desafios nesse caminho, como as resoluções propostas pela ANEEL, diferentes do que foi considerado para a elaboração do marco legal da GD”, disse.
“Existe uma discussão com a agência, que é saudável, mas discordamos de algumas proposições. A lei 14.300 foi amplamente discutida e elaborada com muito cuidado para que tivéssemos segurança jurídica. Se ocorrerem diferenças no que foi proposto para a lei, o desenvolvimento do setor certamente será prejudicado”, completou.
O Energyear Brasil 2023 teve como principais objetivos discutir a importância da transição energética no país, quais segmentos desse mercado têm se destacado nos últimos anos e como as principais empresas do setor têm se adaptado para trabalhar os desafios e oportunidades em um território que é referência mundial em matéria de energias renováveis.