A energia solar vem se tornando uma alternativa cada vez mais utilizada por hospitais e clínicas para suprir uma eventual falta de energia nas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), centros cirúrgicos e prontos-socorros.
Além de fornecer energia de maneira sustentável, o uso da tecnologia solar também vem sendo visto com bons olhos pelas entidades que procuram reduzir seus custos em médio e a longo prazo.
O Hospital do Círculo, de Caxias do Sul (RS), por exemplo, abrigará, em breve, o maior parque de energia solar da área da saúde na região.
O complexo de saúde está instalando um sistema com 2.570 painéis solares, que possuem capacidade para gerar uma média de 112 MWh por mês. A expectativa é que o sistema seja entregue ainda neste mês e que o investimento resulte em uma economia de R$ 45 mil mensais para a instituição.
Outra unidade médica que também aderiu recentemente à tecnologia é a Clínica Geriátrica Novo Lar, com sede no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre (RS). A unidade inaugurou, no final de março, o seu próprio sistema fotovoltaico, que já está em operação e atende mais da metade do consumo de energia do imóvel.
Paulo Cardoso, diretor da unidade, explica que uma das razões para a entidade optar pela instalação das placas ocorreu porque a conta de luz era muito alta. “Sabemos que a tendência é de que os aumentos daqui para a frente sejam ainda maiores. Com esse investimento, reduzimos o nosso custo fixo e ainda geramos uma energia limpa, que contribui para a preservação ambiental¨, disse ele.
Ao todo, foram 17 módulos fotovoltaicos instalados e que são responsáveis pela geração de 0,896 MWh por mês. A expectativa do lar de idosos é economizar em torno de R$ 11 mil por ano. Com a economia, a clínica pretende construir uma estrutura de reaproveitamento da água da chuva e colocar em prática novos investimentos em suas outras duas sedes, que também ficam em Porto Alegre.
Doação de créditos
Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou o PL 2474/2020, o qual permite que micro e minigeradores de energia solar doem o excesso de créditos de energia para as atividades essenciais, que inclui hospitais.
A medida vale por até 12 meses após o encerramento do período de emergência de saúde pública motivada pela pandemia de Covid-19. O texto segue agora para aprovação no Senado e, se for aprovado, segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro.