Os investimentos globais em energias renováveis aumentaram 17% e somaram cerca de U$$ 1,8 trilhão em 2023, de acordo com relatório da BloombergNEF divulgado nesta terça-feira (30).
Este número representa um novo nível recorde de investimento anual em transição energética, mesmo em um ano marcado por turbulências geopolíticas, taxas de juro elevadas e inflação de custos.
O valor inclui gastos com fontes solar e eólica, compra de veículos elétricos, construção de sistemas de produção de hidrogênio, além da implantação de outras tecnologias.
Contudo, o estudo aponta que os números apresentados nem de longe são suficientes para fazer com que o mundo atinja a neutralidade carbono até meados deste século, conforme prevê o Acordo de Paris.
O relatório avalia que para isso acontecer os gastos mundiais com fontes de energia limpa teriam que atingir, em média, US$ 4,8 trilhões por ano entre 2024 e 2030. Isto é quase três vezes o investimento total observado em 2023.
“O nosso relatório mostra a rapidez com que as oportunidades de energia limpa estão a crescer e, no entanto, o quão longe ainda estamos (da meta global de descarbonização)”, disse Albert Cheung, vice-diretor da BloombergNEF.
“Os gastos com investimentos na transição energética cresceram 17% no ano passado, mas precisam crescer mais de 170% se quisermos chegar a atingir a neutralidade de carbono”, ressaltou o executivo.
Investimentos globais em renováveis nos últimos anos:
O relatório também conclui que os investimentos na cadeia global de fornecimento de energia limpa, incluindo fábricas de equipamentos e produção de metais para baterias, deverão continuar crescendo e reduzindo os preços dos equipamentos na maioria dos setores.
“Isso é uma boa notícia para a transição energética”, disse Antoine Vagneur-Jones, chefe de comércio e cadeias de abastecimento da BloombergNEF.
Principais mercados
Ainda de acordo com o levantamento, o país que registrou os maiores aportes em energias renováveis no ano passado foi a China, com cerca de US$ 676 milhões em investimentos, o equivalente a 38% do total global.
Embora continue dominante, a liderança chinesa foi reduzida frente a outras nações, como a União Europeia, os EUA e o Reino Unido – que, em conjunto, ultrapassaram a China com US$ 718 milhões investidos em 2023.
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